quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

A Ciência do dinheiro climático e as mudanças climáticas

Caros leitores, estou voltando as atividades de postagem no blog, com ênfase diferente, com ponto de vista científico/crítico. Para iniciar trago uma matéria que li hoje pela manhã no portal AmbienteBrasil. A manchete é “Bilionários investem em tecnologia para manipular clima da Terra”.

Segundo o portal, que trouxe a matéria do jornal Folha, um grupo pequeno de climatologiastas vem tendo apoio financeiro de bilionários para realizarem experimentos de manipulação do clima da Terra através de geoengenharia. Entre estes bilionários, destaca-se Bill Gates, o maior acionista da Microsoft.

Não é de hoje que Bill Gates vem se preocupando e trabalhando com outras atividades além do Windows.O bilionário possui uma empresa (entre outras centenas) chamada de TerraPower que em parceria com a Thosiba, procura desenvolver fontes nucleares com emissão zero de carbono. Mas há uma curiosidade interessante: o bilionário vem tentando patentear uma tecnologia contra furacões. Pois é, existe no órgão americano de registro de patentes desde 2009 um pedido para um sistema que diminuiria a velocidade de furacões, bombeando água fria do fundo do oceano sobre a superfície.

O método é baseado na termodinâmica do fortalecimento dos furacões, pois eles ganham força com a água mais quente na superfície dos oceanos. O pedido de patente descreve um sistema que posicionaria embarcações equipadas com turbinas no caminho das tempestades, resfriando a superfície do mar com água bombeada do fundo do oceano. O método seria capaz de diminuir a força dos furacões.

Bom, voltando ao assunto, da postagem. a argumentação para o financiamento de tecnologias que possam, por exemplo, diminuir o aquecimento global através de borrifamento de milhões de toneladas de partículas de dióxido de enxofre na atmosfera, ou a colocação de espelhos no espaço para refletir a radiação solar de ondas curtas devem funcionar como um plano B contra as mudanças climáticas.

A teoria é simples e direta: DIMINUIR O EFEITO ESTUFA NATURAL DE MANEIRA ARTIFICIAL.

Hora, se estamos passando por mudanças climáticas que possuem causas antrópicas (continuo a afirmar que a maior parte do atual aquecimento global possui causas naturais e uma outra parte antrópica), porque não o homem também produzir um resfriamento?

David Keith, da Universidade Harvard, e Ken Caldeira, da Universidade Stanford, são os dois principais defensores do incremento das pesquisas sobre geoengenharia. Por enquanto, receberam quase US$ 5 milhões de dólares de Gates para gerir o Ficer (sigla inglesa de Fundo para Pesquisa Inovadora em Clima e Energia) (segundo jornal Folha).

Bom o que podemos fazer além de ter fé na ciência? Não sei realmente, pois no mundo capitalista até a ciência é facilmente corrompida. De certo é que qualquer climatologista sabe que a natureza está sempre buscando o EQUILÍBRIO, mesmo que de maneira caótica em algumas circustâncias, mas é assim. Se criarmos um resfriamento artificial talvez o sertão nordestino não vire mar, como cantava o Trio Nordestino e escreveu Moacyr Scliar, mas quem sabe podemos ver neve em Cabaceiras, cidade paraibana conhecida por ter o menor volume médio anual de chuva do Brasil.

Resumindo, a ciência, que sempre procura gerar e produzir conhecimentos novos, e que aqui é realizada por nossos colegas climatologistas está nos dizendo que é mais fácil criar do que mudar nossos costumes.

Só tenho que desejar boa sorte para meus bisnetos, tataranetos, ……..