quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Ritmo de aquecimento da Antártida é maior do que se imaginava, diz estudo


Uma nova análise histórica sobre as temperaturas no oeste da Antártida revelou que a região está sofrendo com aquecimento em um ritmo duas vezes mais acelerado do que se imaginava.
Pesquisadores americanos disseram ter encontrado sinais de aquecimento durante o verão da placa de gelo da parte oeste da Antártida (WAIS, em inglês).
Eles temem que o derretimento do gelo, provocado pelas temperaturas maiores, possa contribuir para o aumento no nível do mar.
O estudo dos cientistas foi publicado na revista científica Nature Geoscience.
Os cientistas compilaram dados levantados pela estação Byrd, que foi estabelecida pelo governo americano na placa oeste da Antártida na década de 1950.
Lacunas estatísticas – Estudos anteriores não conseguiram chegar a conclusões sobre os números levantados na estação Byrd ao longo dos anos, já que não havia dados suficientes.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

O aumento do gelo sobre a Antártica - o fim do aquecimento global?

Um grupo de pesquisadores publicaram na Revista Science, 30, edição de Novembro de 2012 um artigo com título Uma estimativa reconciliadora do balanço de massa da camada de gelo (Artigo completo - clique aqui).
Os autores combinaram dados altimétricos, interferometria, gravimetria derivados de satélite para regiões geográficas comuns, em determinados intervalos de tempo, e modelos de balanço de massa superficial e ajuste isostático glacial para estimar o balanco de massa das camadas de gelo polar da Terra.
Os resultados mostraram que entre 1992 e 2011 as geleiras da Groenlândia perderam, em média, 152 bilhões de toneladas de gelo por ano. Enquanto que na Antártica ocorreu o derretimento de 71 bilhões de toneladas por ano. Este derretimento seria responsável por aumento de 11,1 milímetros no nível do mar desde 1992. De acordo com a Figura 1 abaixo notamos que a contribuição para o aumento é muito mais evidente com o derretimento da Groenlândia do que com a Antártica.

Figura 1: Contribuição da camada de gelo para o aumento global do nível do mar


Retorno das postagems

Caros(as) leitores(as), estou retomando a atividade de postagem para voltarmos a discutir sobre clima e suas mudanças e variabilidade. Também pretendo discutir sobre ensino e vida acadêmica nas postagens seguintes.


quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

A Ciência do dinheiro climático e as mudanças climáticas

Caros leitores, estou voltando as atividades de postagem no blog, com ênfase diferente, com ponto de vista científico/crítico. Para iniciar trago uma matéria que li hoje pela manhã no portal AmbienteBrasil. A manchete é “Bilionários investem em tecnologia para manipular clima da Terra”.

Segundo o portal, que trouxe a matéria do jornal Folha, um grupo pequeno de climatologiastas vem tendo apoio financeiro de bilionários para realizarem experimentos de manipulação do clima da Terra através de geoengenharia. Entre estes bilionários, destaca-se Bill Gates, o maior acionista da Microsoft.

Não é de hoje que Bill Gates vem se preocupando e trabalhando com outras atividades além do Windows.O bilionário possui uma empresa (entre outras centenas) chamada de TerraPower que em parceria com a Thosiba, procura desenvolver fontes nucleares com emissão zero de carbono. Mas há uma curiosidade interessante: o bilionário vem tentando patentear uma tecnologia contra furacões. Pois é, existe no órgão americano de registro de patentes desde 2009 um pedido para um sistema que diminuiria a velocidade de furacões, bombeando água fria do fundo do oceano sobre a superfície.

O método é baseado na termodinâmica do fortalecimento dos furacões, pois eles ganham força com a água mais quente na superfície dos oceanos. O pedido de patente descreve um sistema que posicionaria embarcações equipadas com turbinas no caminho das tempestades, resfriando a superfície do mar com água bombeada do fundo do oceano. O método seria capaz de diminuir a força dos furacões.

Bom, voltando ao assunto, da postagem. a argumentação para o financiamento de tecnologias que possam, por exemplo, diminuir o aquecimento global através de borrifamento de milhões de toneladas de partículas de dióxido de enxofre na atmosfera, ou a colocação de espelhos no espaço para refletir a radiação solar de ondas curtas devem funcionar como um plano B contra as mudanças climáticas.

A teoria é simples e direta: DIMINUIR O EFEITO ESTUFA NATURAL DE MANEIRA ARTIFICIAL.

Hora, se estamos passando por mudanças climáticas que possuem causas antrópicas (continuo a afirmar que a maior parte do atual aquecimento global possui causas naturais e uma outra parte antrópica), porque não o homem também produzir um resfriamento?

David Keith, da Universidade Harvard, e Ken Caldeira, da Universidade Stanford, são os dois principais defensores do incremento das pesquisas sobre geoengenharia. Por enquanto, receberam quase US$ 5 milhões de dólares de Gates para gerir o Ficer (sigla inglesa de Fundo para Pesquisa Inovadora em Clima e Energia) (segundo jornal Folha).

Bom o que podemos fazer além de ter fé na ciência? Não sei realmente, pois no mundo capitalista até a ciência é facilmente corrompida. De certo é que qualquer climatologista sabe que a natureza está sempre buscando o EQUILÍBRIO, mesmo que de maneira caótica em algumas circustâncias, mas é assim. Se criarmos um resfriamento artificial talvez o sertão nordestino não vire mar, como cantava o Trio Nordestino e escreveu Moacyr Scliar, mas quem sabe podemos ver neve em Cabaceiras, cidade paraibana conhecida por ter o menor volume médio anual de chuva do Brasil.

Resumindo, a ciência, que sempre procura gerar e produzir conhecimentos novos, e que aqui é realizada por nossos colegas climatologistas está nos dizendo que é mais fácil criar do que mudar nossos costumes.

Só tenho que desejar boa sorte para meus bisnetos, tataranetos, ……..

sábado, 21 de janeiro de 2012

2011 foi o nono ano mais quente registrado pela Nasa


A média de temperatura de 2011 foi a nona mais quente já registrada, de acordo com cientistas da Nasa. Os registros de temperatura começaram a ser realizados em 1880. A descoberta mantém a tendência de aumento de temperatura nos últimos anos. Nove entre os dez anos mais quentes já registrados ocorreram desde 2000.

O valor médio registrado em 2011 foi 0,51ºC mais quente que a temperatura base de meados do século 20. “A comparação mostra que a Terra continua a experimentar temperaturas mais quentes que em décadas passadas”, disseram pesquisadores do Goddard Institute for Space Studies (GISS), da Nasa, em comunicado.

Segundo a agência, o aumento de temperatura é largamente provocado pelo aumento de concentrações de gases do efeito estufa na atmosfera, especialmente dióxido de carbono. O gás é emitido por diversas atividades humanas, como usinas termoelétricas e veículos movidos a combustíveis fósseis, como gasolina.

Os níveis atuais de dióxido de carbono na atmosfera excedem 390 partes por milhão (ppm). Em 1880, a concentração era de 285 ppm; em 1960, de 315 ppm, segundo a Nasa.

Registros de temperatura – O ano mais quente já registrado foi 2010, com uma média de temperatura 0,12ºC maior que 2011. O único ano que não faz parte do século 21 e que esteve entre os dez mais quentes já registrados foi 1998.

“Isso sublinha a ênfase que os cientistas colocam na tendência de aumento da temperatura a longo prazo (…) Eles não esperam que as temperaturas aumentem consistentemente ano após ano, mas esperam um aumento contínuo ao longo das décadas”, afirma o comunicado da Nasa.

As elevadas temperaturas ocorrem apesar dos efeitos de resfriamento provocados por uma influência maior do La Nina e por uma atividade solar mais baixa, verificada nos últimos anos, de acordo com o diretor do GISS, James Hansen. Ele têm feito campanha contra as mudanças climáticas provocadas pelo homem.

Para produzir as análises de temperatura, o GISS coleta dados de mais de mil estações meteorológicas espalhadas pelo mundo, observações de satélite da superfície do mar e estações de pesquisa na Antártida. (Fonte: Globo Natureza)


terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Emissões de CO2 atrasarão nova Era Glacial, diz estudo

As emissões de dióxido de carbono (CO2) causadas pela ação do homem terão o efeito de retardar o início da próxima Era Glacial, afirma um novo estudo. A última Era Glacial terminou há 11.500 anos e os cientistas vêm há tempos discutindo quando a próxima começaria.
Os pesquisadores usaram dados da órbita da Terra e outros itens para encontrar o período interglacial mais parecido com o atual. Em um artigo publicado na revista “Nature Geoscience”, eles afirmam que a próxima Era Glacial poderia começar em 1.500 anos, mas que isso não acontecerá por
causa do alto nível de emissões.
“Nos atuais níveis de CO2, mesmo se as emissões parassem agora teríamos provavelmente uma longa duração interglacial determinada por quaisquer processos de longo prazo que poderiam começar para reduzir o CO2 atmosférico”, afirma o coordenador da pesquisa, Luke Skinner, da Universidade de Cambridge.
O grupo de Skinner, que também inclui cientistas da University College London, da Universidade da Flórida e da Universidade de Bergen, na Noruega, calcula que a concentração atmosférica de CO2 deveria cair para menos de 240 partes por milhão (ppm) para que a glaciação pudesse começar.
O atual nível de CO2 é de cerca de 390 ppm, e outros grupos de pesquisadores já mostraram que mesmo se as emissões parassem instantaneamente, as concentrações se manteriam elevadas por pelo menos mil anos, o suficiente para que o calor armazenado nos oceanos provocasse potencialmente um significativo derretimento do gelo polar e o aumento do nível do mar.