quarta-feira, 26 de junho de 2013

Plano climático dos EUA estabelece corte das emissões de CO2 do país

O governo dos Estados Unidos antecipou a divulgação nesta terça-feira (25) do novo Plano de Ação Climática, voltado a combater as mudanças climáticas e que deve ser lançado pelo presidente Barack Obama em discurso realizado nesta tarde, na Universidade Georgetown.

Segundo a agência Reuters, o país dividiu em três pilares as formas de enfrentar os efeitos climáticos e contribuir na redução da poluição global de carbono: diminuir as emissões domésticas de CO2, preparar o país para ser resistente aos impactos climáticos e liderar esforços internacionais sobre o tema.

Em 2009, pouco depois da eleição de Obama, o Congresso bloqueou um ambicioso projeto de lei sobre energia e clima que visava reduzir substancialmente os níveis de CO2 lançados na atmosfera pelos Estados Unidos, segundo maior emissor de gases de efeito estufa do planeta, atrás apenas da China.

Quando foi eleito para seu segundo mandato, o presidente norte-americano prometeu dar mais atenção ao tema, após incessantes pedidos dos cientistas e pressão de outros governos, que integram as negociações sobre o clima da Organização das Nações Unidas (ONU).


segunda-feira, 10 de junho de 2013

Brasil reduziu em 39% emissões de gases do efeito estufa em 5 anos

As emissões brasileiras de gases do efeito estufa caíram 39% entre 2005 e 2010, graças principalmente à redução no desmatamento da Amazônia, de acordo com um inventário nacional divulgado na quarta-feira. Assim, o País já cumpriu 65% de sua meta voluntária definida para 2020, que estipula a redução de emissão de gases relacionados ao aquecimento global.

No mesmo período em que foi registrada a diminuição, o desmatamento na Amazônia caiu 63%, contribuindo de maneira decisiva para o resultado. Nos demais setores, as emissões de gases do efeito estufa cresceram. Excluindo as florestas, as emissões no Brasil só aumentaram – o equivalente a 12% entre 2005 e 2010. Em números absolutos, o País emitiu 1,25 bilhão de toneladas de CO2 equivalente naquele ano contra 2,03 bilhões de toneladas em 2005. A possibilidade de reduzir as emissões apenas com o combate ao desmatamento, porém, está próxima de acabar – e o desafio será investir mais em ciência e tecnologia. (Fonte: Terra)


quinta-feira, 30 de maio de 2013

Ação humana coloca planeta em nova era geológica, dizem cientistas

A atividade humana transformou o planeta de forma tão permanente e vasta nos últimos dois séculos que a Terra entrou em uma nova era geológica, o Antropoceno.

É o que defendem cientistas e geólogos que discutirão nesta semana o impacto da ação humana e da natureza sobre os sistemas hídricos globais, na conferência Water in the Anthropocene (Água no Antropoceno, em tradução livre), organizada pelo Global Water System Project (GWSP), em Bonn, na Alemanha.

De acordo com os pesquisadores, o crescimento populacional, a construção de metrópoles, o desmatamento e o uso de combustíveis fósseis provocaram um efeito no planeta comparável ao derretimento de geleiras ocorrido há 11.500 anos – evento que marca o início da era conhecida como Holoceno na escala de tempo geológico.

A escala de tempo geológico estabelece éons, eras, períodos, épocas e idades que permitem categorizar as diferentes fases que vão da formação da Terra ao presente.


terça-feira, 28 de maio de 2013

Céticos do clima são menos de 1% da comunidade científica, diz estudo

Um estudo divulgado nesta semana com base na análise de publicações científicas das últimas duas décadas mostrou que 99% dos artigos apontam a ação humana como a causa das mudanças climáticas – um consenso frente aos chamados céticos do clima, que atribuem o aquecimento global a fatores exclusivamente naturais.

A análise é assinada por John Cook, estudante de pós-doutorado em astrofísica da Universidade de Queensland, na Austrália, e foi publicada no jornal científico Environmental Research Letters. Ele avaliou o abstract, o resumo do conteúdo, de 11.944 artigos científicos sobre aquecimento global e mudanças climáticas publicados entre 1991 e 2011.

A avaliação de todo esse volume de material, disponível no banco de dados científico Web of Knowledge, revelou que 66,4% das publicações posicionaram-se em concordância a corrente do aquecimento global antropogênico, ou seja, causado pelo homem. Outros 32,6% dos artigos pesquisados endossavam essa posição. Cook encontrou apenas 0,7% das publicações negando a participação humana no aquecimento global e 0,3% expressando incerteza quanto às reais causas das mudanças climáticas.

Uma pesquisa semelhante, porém com uma amostragem menor, já havia sido publicada por cientistas da Universidade de Standford em 2010. Na verificação de 1.372 publicações, entre 98% e 99% dos pesquisadores apontavam a participação humana nas mudanças climáticas.

Para meteorologista, “negacionistas” – Os números deixam claro como as publicações céticas quanto ao papel do homem nas mudanças climáticas são minoria. Pesquisadores desta linha – alguns de universidades renomadas– argumentam que as medições que apontam o aquecimento não seriam precisas, que a terra já foi mais quente do que é hoje em um passado recente ou ainda que o sol teria uma influência muito maior nas mudanças climáticas do que os gases do efeito estufa.

Para o coordenador geral da Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas e Globais (Rede Clima), Paulo Nobre, os pesquisadores que discordam da participação do homem não deveriam ser chamados de céticos, e sim de “negacionistas”.

“Ceticismo é um pilar da ciência. É formular uma hipótese e ser cético com relação a ela para buscar respostas”, compara. Segundo ele, diante das evidências científicas existentes, não há como negar a participação humana no processo de aquecimento global: “Há 20 anos até poderia haver espaço para o ceticismo, mas hoje não existe mais.”

A interpretação equivocada de dados de variabilidade climática são, na opinião do meteorologista, uma das bases para a negação da responsabilidade humana. Na Rede Clima, que busca prover substrato científico para embasar programas governamentais, por exemplo, a parcela humana no processo de mudanças é levada em conta. Os dados levantados buscam entender exatamente a dimensão humana dessas alterações e as formas de adaptação que permitam garantir a segurança energética, hídrica e alimentar do país.

“É um processo em curso e precisamos propor formas de adaptação e mitigação”, resume Nobre.

O artigo publicado por Cook rompeu as fronteiras da comunidade científica e virou notícia em populares blogs de ciência e na imprensa internacional. A repercussão reflete outra face do trabalho do pesquisador australiano. Além do pós-doutorado no Instituto de Mudanças Globais da Universidade de Queensland, o cientista mantém o blog científico Skeptical Science. No site, ele e outros colaboradores contrapõem os argumentos usados para negar a interferência humana nas mudanças climáticas em uma linguagem simples e mais acessível para quem está fora do circuito acadêmico. (Fonte: Terra)


domingo, 26 de maio de 2013

Mudanças climáticas impulsionaram avanços humanos, diz estudo

Uma pesquisa de cientistas europeus revela que as mudanças climáticas abruptas na África impulsionaram avanços tecnológicos e culturais no início da era moderna.

Arqueólogos já tinham notado há muito tempo que a complexidade evidenciada pelos grupos humanos era intermitente, sem um padrão regular de evolução. As causas dessa dinâmica, no entanto, têm sido alvo de debates na academia.

Análises de sedimentos marinhos sugerem uma relação próxima entre as mudanças no comportamento humano e as alterações climáticas no sul do continente africano.

A pesquisa, conduzida por especialistas britânicos, suíços e espanhóis, foi publicada no periódico científico Nature Communications.

A equipe obteve um registro da variabilidade climática dos últimos 100 mil anos por meio da análise de sedimentos marinhos na costa sul-africana.

Martin Ziegler, da Universidade de Cardiff, no Reino Unido, comparou as mudanças em duas partes do mundo.

“Desobrimos que a África do Sul experimentou rá


quarta-feira, 15 de maio de 2013

Temperatura média de Boa Viagem aumentou 10°C em 13 anos

Excesso de prédios contribuem para a formação de ilhas de calor em Boa Viagem. Foto: Teresa Maia/DP/D.A.Press

A temperatura média em Boa Viagem, no Recife, aumentou 10°C em 13 anos.

Em 1998, a média era de 22°C no bairro, saltando para 32°C em 2011.

Os números constam em mapas de temperatura elaborados pelo pesquisador e doutorando em Geografia pela UFPE, Elvis Bergue.

Os mapas foram feitos com base em imagens do satélite Landsat – 5 TM.

“Essas imagens refletem um momento do Recife”, frisou Elvis.

O Landsat registrou as imagens sempre das 9h, de um dia de julho ou agosto, de seis anos de três décadas: 1998, 2000, 2006, 2007, 2010 e 2011.

Por trás do aumento da temperatura existe uma série de fatores.

Dois dos principais são o aumento a urbanização e verticalização da cidade.

Isso tem levado à substituição do solo natural por asfalto e concreto, o que muito contribui para o surgimento de ilhas de calor.

A urbanização fez aumentar os telhados de zinco, alumínio e amianto.

“O asfalto e esses tipos de telhados refletem pouca radiação e armezanam calor,  elevando a temperatura”, exemplicou o estudioso.

Boa Viagem foi o bairro recifense que registrou o maior aumento de temperatura, segundo os mapas, seguido da Imbiribeira, com 9°C.

Santo Amaro, Santo Antônio e São José apresentaram variações de 8°C.

Os mapas serão parte da tese de Elvis, a ser defendida em março de 2014.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

ONU adverte que gelo do Ártico derreteu em ritmo recorde em 2012

O gelo do Oceano Ártico derreteu em ritmo recorde em 2012, o nono ano mais quente desde o início dos registros, anunciou nesta quinta-feira a Organização Meteorológica Mundial (OMM), uma agência da ONU.

No relatório sobre o ano de 2012, a OMM afirma que, em agosto e setembro do ano passado, as zonas geladas do Ártico cobriam apenas 3,4 milhões de quilômetros quadrados, 18% a menos que em 2007, quando havia sido registrado o recorde anterior.

Para o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud, este é um “preocupante sinal da mudança climática”. “O ano de 2012 também registrou outros extremos, como secas e ciclones tropicais. A variabilidade natural do clima sempre resultou em extremos deste tipo, mas a mudança climática determina cada vez mais as características físicas dos acontecimentos meteorológicos e climáticos extremos”, disse.

“Por exemplo, dado que os níveis globais do mar são atualmente 20 centímetros maiores que o que eram em 1880, tempestades como o furacão Sandy estão produzindo mais inundações costeiras”, completou.

A OMM afirma que a temperatura global média de terras e superfícies marinhas é estimada 0,45 grau centígrado acima da média do período que vai de 1961 a 1990, que é de 14 graus Celsius.

Este foi o nono ano mais quente desde 1850, primeiro do qual se tem registro, e o 27º ano consecutivo no qual a temperatura de terras e superfícies marinhas supera a média de 1961-1990.

“A tendência continua de alta das concentrações atmosféricas de gases do efeito estufa confirma que o aquecimento prosseguirá”, disse Jarraud.

Temperaturas elevadas – Temperaturas superiores à média foram registradas em quase todo o planeta, particularmente na América do Norte, Europa meridional, Rússia ocidental, partes do norte da África e América do Sul meridional, destacou a OMM.

Paralelamente, foram registradas temperaturas inferiores à méd


quinta-feira, 18 de abril de 2013

Cientistas debatem teoria sobre desaceleração do aquecimento global


Cientistas estão em dificuldades para explicar uma desaceleração do aquecimento global que expôs lacunas no seu conhecimento, e buscam entender as causas para determinar se esse alívio será breve ou se o fenômeno é duradouro.
A maioria dos modelos climáticos, geralmente focados em tendências que duram séculos, foi incapaz de prever que a elevação das temperaturas iria se desacelerar a partir do ano 2000, aproximadamente.
Isso é crucial para o planejamento em curto e médio prazo de governos e empresas em setores tão díspares quanto energia, construção, agricultura e seguros. Muitos cientistas preveem um novo aumento do aquecimento nos próximos anos.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Degelo na Antártida é 10 vezes mais rápido que há 600 anos

O degelo da Antártida durante o verão é dez vezes mais rápido que há 600 anos e acelerou nos últimos 50 anos, revela um estudo internacional divulgado nesta segunda-feira (15).

Os cientistas perfuraram a 364 metros de profundidade na ilha de James Ross, no norte da geleira antártica, para medir as temperaturas de centenas de anos. As camadas sucessivas revelam o movimento de degelo e de congelamento.

“Constatamos que há 600 anos havia condições mais frias na península antártica e uma menor quantidade de gelo derretido”, explicou Nerilie Abram, do British Antarctic Survey, da Universidade de Cambridge.

“Naquela época, as temperaturas eram aproximadamente 1,6 grau centígrado menor do que as temperaturas registradas no fim do século 20, e a quantidade de neve que derretia a cada ano e depois voltava a congelar era de 0,5%. Hoje, a quantidade de neve que derrete a cada ano é dez vezes maior”, disse Abram.

Apesar do aumento regular das temperaturas há centenas de anos, o degelo se intensificou a partir da metade do século 20, afirma o estudo publicado na revista Nature Geoscience.

Isto significa que o aquecimento na Antártida alcançou um nível no qual até leves aumentos de temperatura podem provocar uma forte aceleração do degelo. (Fonte: UOL)


Seca: situação continua grave no Nordeste e norte de Minas Gerais, diz Dilma

A presidenta Dilma Rousseff disse na segunda-feira (8) que a situação da seca no Nordeste e no norte de Minas Gerais permanece grave. Segundo ela, o governo está investindo um total de R$ 32 bilhões nas chamadas obras estruturantes, que garantem o abastecimento de água de forma definitiva, como barragens, canais, adutoras e estações elevatórias.

No programa semanal de rádio Café com a Presidenta, ela lembrou que, na semana passada, o governo federal anunciou também a ampliação de ações emergenciais para combater a seca na região. Em reunião com governadores em Fortaleza, Dilma anunciou mais R$ 9 bilhões em ações de enfrentamento à estiagem.

“Esta seca é a maior dos últimos 50 anos e já atingiu mais de 1.415 municípios. O governo federal não vai permitir que o povo do Semiárido e de todo o Nordeste fique desamparado. Enquanto houver seca, nós vamos agir. Vamos acelerar as obras estruturantes, vamos acelerar as ações emergenciais para ajudar a população a enfrentar todas as dificuldades.”


segunda-feira, 15 de abril de 2013

Cientistas preveem degelo total do Oceano Ártico no verão até 2050

Pesquisadores da Administração Nacional do Oceano e da Atmosfera dos EUA (NOAA, na sigla em inglês) estimam que o gelo do Oceano Ártico durante o verão pode desaparecer devido ao derretimento antes de 2050. O fenômeno possivelmente ocorrerá em dez ou vinte anos, segundo a previsão.

O estudo, publicado pela “Geophysical Research Letters” e divulgado nesta sexta-feira (12) no site da NOAA, analisou três métodos de previsão de quando o gelo deixará de existir de forma significativa no Ártico na estação mais quente, o verão.

Uma parte dos dados mostrou que o total de gelo no Oceano Ártico reduziu rapidamente nos últimos dez anos. A tendência foi extrapolada pelos cientistas para o futuro, e as informações apontam que o derretimento de praticamente todo o gelo do mar na região durante o verão deve ocorrer até 2020.