sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Global Temperature News


domingo, 18 de dezembro de 2011

Grande fonte de metano está perto de erupção no Ártico

Uma área que abrange mais de dois milhões de quilômetros quadrados do fundo do mar no Oceano Ártico, possui fontes gigantes de metano e estão em erupção. O derretimento da camada de gelo no fundo do mar está liberando grandes quantidades desse gás prejudicial, contribuindo para o aquecimento global. Lavrentiev, um navio russo de investigação, realizou um levantamento em 10 mil quilômetros quadrados na costa leste do

mar da Sibéria. E fez uma descoberta terrível – bolhas enormes de gás metano sobem à superfície do fundo do mar. "Encontramos mais de cem fontes, algumas mais do que um quilômetro de diâmetro," afirma o Dr. Igor Semiletov, “Estes são campos de metano a uma escala nunca antes vista. As emissões foram diretamente para a atmosfera”.

A Sibéria Oriental é uma área rica em metano, que abrange mais de dois milhões de quilômetros quadrados no Oceano Ártico. Normalmente, as bolhas do fundo do mar se transformam em dióxido de carbono antes de chegar à superfície, mas na Sibéria Oriental, por ser raso, o metano viaja diretamente para a atmosfera

Semiletov afirma ao Independent. “Esta é a primeira vez que encontramos contínuas, poderosas e imponentes estruturas de erupção, mais de mil metros de diâmetro. É incrível. Tudo isso em uma área relativamente pequena. Encontramos mais de cem, mas sobre uma área mais ampla, deve haver milhares delas”.

Os cientistas estimam que o metano preso sob a plataforma de gelo pode causar mudanças climáticas mais rápidas do que pensamos. As concentrações de metano no Ártico chegam a 1,85 partes por milhão, a maior em 400 mil anos. Concentrações acima da plataforma da Sibéria Oriental são ainda maiores. A equipe usou monitores sísmicos e acústicos para detectar bolhas de metano subindo à superfície.

A plataforma no fundo do mar é rasa, com 50 metros ou menos em profundidade, o que significa que tem sido alternadamente submersa e acima da água, o que depende do nível do mar ao longo da história da Terra. Durante os períodos mais frios, a camada aumenta e não libera metano. À medida que o planeta se aquece e ocorre ascensão do nível do mar, ocorre o derretimento devido às temperaturas que variam entre 12 e 15 graus mais quentes que a temperatura média do ar.

O gás metano oxida em dióxido de carbono antes que ele atinja a superfície, em águas profundas. No caso, como na plataforma leste da Sibéria ártica, o metano não tem tempo suficiente para oxidar, o que significa que ele escapa para a atmosfera. Isso, combinado com a enorme quantidade de metano na região, poderia acrescentar uma variável, não calculada anteriormente, aos modelos climáticos.


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Saiba como resfriar o planeta !!!

Cientistas dedicados a inventar métodos para interferir nas mudanças climáticas do mundo, buscam soluções para evitar o aquecimento global sem depender de que indústrias reduzam seu impacto no meio ambiente. Enquanto uns consideram pintar ruas e telhados de branco, outros querem criar nuvens artificiais ou "melhorar" plantas e árvores tornando-as capazes de basorver mais gás carbônico.

Confira alguns projetos que estão em estágio avançado e quais os prós e contras de cada um:
Como cientistas esperam resfriar o planeta antes que seja tarde demais


Frustração em Durban à medida que o tempo se esgota

Depois de 12 dias de discussões, as negociações climáticas das Nações Unidas entraram na "prorrogação" nesta sexta-feira com China, Estados Unidos e Índia pressionados a apoiar o projeto europeu de um novo pacto global para conter as emissões de gases causadores do efeito estufa.

Quais são os países que mais poluem
Clima de A a Z: fique por dentro do que está em pauta nas discussões da COP 17
Veja as transformações causadas pelo aquecimento global

A África do Sul, que preside a conferência, adota uma abordagem cautelosa, de construção de consenso, e o resultado das conversações é extremamente imprevisível. Espera-se que um grupo central de ministros de duas dúzias de países, representantes de países ricos e pobres, entre na disputa noite adentro.

Presumindo que cheguem a um acordo comum, seu compromisso será submetido a um plenário, no sábado, dos 194 países-membros da Convenção-quadro sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, na sigla em inglês). Sobre a mesa está um plano europeu que teria o apoio de quase dois terços dos países do mundo.

Trata-se de um "mapa do caminho" que levará a um acordo a ser negociado em 2015 e que pela primeira vez vinculará todos os países a compromissos legais para enfrentar as emissões de gases estufa. Colaborando com a proposta europeia estão os países menos desenvolvidos, o bloco africano, pequenos Estados insulares, Brasil e África do Sul, disse a comissária do clima europeia, Connie Hedegaard.

Sem citar nomes, Hedegaard disse que isto deixa Estados Unidos, Índia e China no papel de se posicionar. Os Estados Unidos e a China são os dois principais emissores de carbono do mundo. Pequim diz não ser contrária a assumir compromissos legais após 2020, mas vinculou esta proposta a uma longa lista de condições.

Admitindo um contexto político doméstico difícil, os negociadores de Washington evitam assinar qualquer documento com compromissos "legalmente vinculantes". "O sucesso ou o fracasso de Durban depende do pequeno número de países que ainda não se comprometeram com o "mapa do caminho" e do conteúdo significativo que certamente deve ter", disse Hedegaard.

Após atrasos que causaram frustrações perturbadoras, a África do Sul produziu um esboço de texto e convocou o grupo para uma "indaba" (palavra local para fórum tradicional) para discuti-lo. Mas o documento foi atacado por simpatizantes da proposta do "mapa do caminho" porque não contém o termo "legalmente vinculante" e porque o pacto - descrito como um "marco" - só deverá entrar em vigor após 2020.

"Colocamos o mundo em um processo de cozimento", disse à imprensa o chefe da delegação boliviana, Rene Orellana, diretor do grupo esquerdista latino-americano Alba (Alternativa Bolivariana das Américas.

"Esta é a morte do clima", disse Orellana, em inglês. "Não é um bom começo", afirmou Jennifer Morgan, diretora do Programa de Clima e Energia do World Resources Institute (WRI), um "think tank" americano.

Karl Hood, ministro do Meio Ambiente de Granada e que preside atualmente um bloco de pequenos países insulares, foi perguntado se via "um final feliz" em Durban. "Não", disse, em declaração à AFP. "Para mim é terrível. Não gostei nem um pouco do texto que nos deram", acrescentou. "É difícil para nós aceitar que se inicia um novo processo no fim deste que se encerrará em 2015 e que só estará operacional depois de 2020. E estamos falando de Deus sabe quando", afirmou.

O plano do "mapa do caminho" visa a preencher um vácuo em um momento em que os cientistas pedem ações mais duras para conter as emissões de carbono que levam o planeta a piores secas, inundações e tempestades. A meta é construir uma ponte entre o final de 2012 - quando o primeiro período de compromissos do Protocolo de Kioto expira - e 2020, ano para o qual os países fizeram promessas voluntárias de redução de carbono.

Essas promessas, segundo os cientistas, estão aquém do que se precisa para evitar que a temperatura do planeta aumente mais de 2ºC com base em níveis pré-industriais. Pela proposta da UE, o bloco europeu assinaria uma segunda rodada de compromissos de Kioto, satisfazendo desta forma os países em desenvolvimento, como o Brasil, que reinvidicam a preservação do tratado.

Enquanto as negociações avançavam no tempo extra, o ministro do Meio Ambiente das Maldivas, Mohamed Aslam, reuniu algumas centenas de ambientalistas em uma marcha de protesto que bloqueou o acesso principal ao plenário. "Esta é uma emergência planetária. O mundo precisa agir agora. Poder do povo, não das corporações", foram algumas palavras de ordem usadas. Seguranças das Nações Unidas dispersaram pacificamente a manifestação, expulsando algumas dezenas de pessoas, inclusive o diretor do Greenpeace International, Kumi Naidoo.

 

Fonte: Terra


quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Brasil aceita acordo pós-2o2o – COP caminha para acordo

A ministra do meio ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, declarou nesta quinta-feira (8), na Conferência do Clima (COP-17), que o Brasil deseja negociar o mais cedo possível um tratado legal e obrigatório de redução nas emissões de gases do efeito estufa para todos os países, além da prorrogação do Protocolo de Kyoto. A exigência de um acordo global é uma das condições de países desenvolvidos para assinar o segundo período de comprometimento.

"O Brasil trabalha com afinco para a adoção de um segundo período de compromisso para o Protocolo de Kyoto e o fortalecimento da implementação da convenção em curto, médio e longo prazo. Se todos trabalharmos juntos, poderemos negociar o mais cedo possível um novo instrumento legalmente vinculante, baseado nas recomendações da ciência que inclua todos os países para o período imediatamente pós 2020", afirmou.

Mais cedo, o negociador dos EUA, Todd Stern, disse que o país aceita um acordo legal pós 2020. O maior problema é ele ser vinculante, ou seja obrigatório, e ter de passar pelo legislativo do país. A China também já sinalizou que aceita negociar metas para este período. Com isso, as negociações caminham para um acordo. O grande entrave agora é a Índia, que ainda diz não ter condições de assumir obrigações.

Os acenos indicam que os países estão dispostos a negociar, mas ainda é preciso definir quais serão as metas e como elas serão estabelecidas - e aí moram grandes divergências. Em um texto com proposta para o acordo de longo prazo, os países desenvolvidos deveriam assumir o corte de 25% a 40% na COP-18.

O que deve ser acordado

“Em Cancún, as partes acordaram definir compromissos adicionais para o anexo I para o período após 2012, tempo de assegurar que não haja lacuna entre o primeiro e o segundo períodos de cumprimento do Protocolo. Durban é nossa última oportunidade de evitar essa lacuna", lembrou Teixeira.

A ministra ainda pontuou outros aspectos essenciais que devem ser definidos até amanhã. "Um resultado ambicioso em Durban deve necessariamente avançar todos os aspectos da negociação. Além de Kyoto, devemos também operacionalizar as instituições acordadas em Cancun, incluindo o comitê de adaptação, o centro e rede de tecnologia para o clima, o registro de ações de mitigação nacionalmente adequadas, acompanhadas de apoio internacional, o programa de trabalho sobre medidas de resposta e o Fundo Verde para o Clima".

A ministra voltou a destacar o trabalho feito por países emergentes, como Brasil, Índia e China. “Países em desenvolvimento já estão contribuindo significativamente para o esforço global contra a mudança climática, por meio de ações ambiciosas de mitigação", disse.

A proposta brasileira é de reduzir em pelo menos 36,1% suas emissões em relação às emissões projetadas até 2020. “Isso significa reduzir em até 1,2 bilhão de toneladas de  CO2 equivalente no ano de 2020”. O que inclui reduzir o desmatamento na Amazônia, Cerrado e demais biomas, planos para agricultiura de baixo carbono, pesca e aquicultura, energia, transporte e indústria.

Posições quanto a um pacto global de corte de gases estufa

A China tem se mostrado propensa a aceitar um acordo que vise um compromisso de metas obrigatórias a partir de 2020, com regras a serem definidas no futuro e se uma série de cinco condições forem atendidas.

Entre as demandas está o acordo de uma segunda fase de Kyoto, a criação do Fundo Verde para o Clima e o princípio de responsabilidade comum, mas com exigências diferenciadas, dependendo da capacidade de cada país, ou seja, quem está em desenvolvimento não teria as mesmas metas de desenvolvidos. Este é o principal ponto de desacordo com os EUA, que querem metas 'iguais' para todos.

Até 2020 valeriam as ações voluntárias dos países em desenvolvimento recolhidas no protocolo. A China tem um autoimposto desde 2009, que tem por objetivo melhorar entre 40% e 45% suas emissões de dióxido de carbono por unidade do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 na comparação dos números de 2005. Isto poderia não significar uma redução das emissões em termos absolutos, apenas relativos.

Um dos entraves para o país é que um acordo legal internacional exige monitoramento global das emissões (para checar se o acordo está sendo cumprido). Mas a China é contra qualquer controle externo.

Fonte: Uol Noticias


domingo, 4 de dezembro de 2011

2011 entre os 10 anos mais quentes desde que há registos

A temperatura global em 2011 está entre as dez mais elevadas desde que há registos (1850) e dos anos em que ocorreu um evento La Niña, normalmente mais frios. Organização Meteorológica Mundial assegura que o mundo está a aquecer. De acordo com esta Declaração da OMM, a temperatura global do ar está 0,41ºC acima da média de 1961-1990 que é de 14,00ºC.

“A nossa ciência é sólida e prova inequivocamente que o mundo está a aquecer e que este aquecimento deve-se às actividades humanas”, disse o vice-secretário-geral da Organização Meteorológica Mundil, Jerry Lengoasa, em Durban, onde decorre a 17ª conferência da ONU para as alterações climáticas. RN.: Gostaria de saber qual o tamanho da parcela das atividades humanas e naturais .....
 
Em 2011 O clima na Terra esteve sob a influência do fenómeno La Niña, particularmente intenso e que corresponde ao arrefecimento anómalo das águas superficiais do Oceano Pacífico (Equatorial Central e Oriental) formando uma “piscina de águas frias” nesse oceano, um fenómeno natural que produz fortes mudanças na dinâmica geral da atmosfera, alterando o comportamento climático do planeta. RN.: Destaco aqui que tivemos um La Nina2010/2011 e agora no , no final de 2011, estamos novamente sobre um La Nina, isto indica que os pólos e sub-trópicos estiveram com temperaturas consideráveis acima da média;.

Em oposição ao El Niño, os anos em que se verifica o fenómeno La Niña são normalmente mais frios do que o anterior e o subsequente.
“As temperaturas globais de 2011 seguiram este padrão, ficando abaixo das de 2010, mas ainda assim mais quentes do que os mais recentes anos de La Niña moderada ou forte: 2008 (+0,36ºC), 2000 (+0,27ºC) e 1989 (+0,12ºC)”, diz a Organização Meteorológica Mundial, num comunicado.
Entretanto, os 13 anos mais quentes a nível global ocorreram desde 1997 e, por sua vez, a extensão e o volume do gelo do Ártico em 2011 foram respetivamente o segundo e o menor valor já registrados, de acordo com a mesma fonte.
A Declaração Anual da Organização Meteorológica Mundial (OMM) sobre o Estado do Clima Global, faz uma avaliação da temperatura e um resumo do tempo e dos eventos climáticos mais marcantes em 2011.
Apesar da média global mais elevada, este ano as temperaturas variaram entre extremos opostos em diferentes regiões do Globo, com os termómetros significativamente acima da média na Rússia e em parte da Europa, no centro e norte de África no sul dos Estados Unidos e norte do México, no Canadá e na Gronelândia.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

O mercado universitário e a morte dos pensadores


 
A quarta mesa do Seminário Ciência e Tecnologia no Século XXI, promovido pelo ANDES-SN de 17 a 18 de novembro, em Brasília, debateu o “Trabalho docente na produção do conhecimento”. As análises abrangeram tanto a produção do conhecimento dentro da lógica do capitalismo dependente brasileiro, até o efeito do produtivismo acadêmico na saúde dos docentes.

Participaram dessa mesa, o ex-presidente do ANDES-SN e professor do departamento de educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto Leher; a assistente social e também professora da UFRJ Janete Luzia Leite; e a professora visitante do curso de pós-graduação em serviço social da Universidade Estadual do Rio de Janeiro Maria Ciavatta.


Leher iniciou sua fala lembrando que a universidade brasileira, implantada tardiamente, tem sua gênese na natureza do capitalismo dependente brasileiro. E é essa matriz que vai determinar o conhecimento gerado academicamente. “Também não podemos esquecer que a produção do conhecimento tem sido re-significada. Hoje, não há mais a busca da verdade, mas, sim, a sua utilidade. Sem contar que o conhecimento é uma forma de domínio, como já disseram Kissinger, Fukuyama e Mcnamara”, argumentou.


Produtivismo acadêmico está acabando com a saúde dos docentes

Saúde dos docentes
O produtivismo acadêmico está tirando a saúde dos docentes das universidades públicas brasileiras. Essa é a principal constatação feita por estudo da professora do curso de Serviço Social da UFRJ Janete Luzia Leite. “Antes, a docência era vista como uma atividade leve. Agora, está todo mundo comprimido”, afirmou.

A causa dessa angústia está na reforma, feita em 2004, na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). “Aliada ao Reuni, as mudanças na Capes foram um verdadeiro ataque à autonomia universitária”, denunciou.

O resultado foi a instituição de dois tipos de professores: o pesquisador, que ensina na pós e recebe recursos das agências de fomento para fazer suas pesquisas e o que recebe a pecha de “desqualificado”, que ficou prioritariamente na docência de graduação e à extensão. Esses, em sua maioria, são recém-contratados e terão suas carreiras truncadas e sem acesso a financiamentos.

Para Janete, os atuais docentes estão formando em seus alunos um novo ethos, em que é valorizado o individualismo, ocultada a dimensão da coletividade e naturalizada a velocidade e a produtividade.

Há, também, um assédio moral subliminar muito forte, que ocorre, principalmente, quando o docente não consegue publicar um artigo, ou quando seus orientandos atrasam na conclusão do curso. “Com isso, estamos nos aproximando de profissões que trabalham no limite do estresse, como os médicos e motoristas”, afirmou.

O resultado é que os docentes estão consumindo mais álcool, tonificantes e drogas e estão propensos à depressão e ao suicídio. “É um quadro parecido com a Síndrome de Burnout, em que a pessoa se consome pelo trabalho. Ocorre como uma reação a fontes de estresses ocupacionais contínuas, que se acumulam”, explicou Janete Leite.


quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Site oficial da Rio+20 está no ar

O site da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável de 2012, a Rio+20, está na internet.

O objetivo da Conferência é assegurar um comprometimento político renovado com o desenvolvimento sustentável, avaliar o progresso feito até o momento e as lacunas que ainda existem na implementação dos resultados dos principais encontros sobre desenvolvimento sustentável, além de abordar os novos desafios emergentes.

Os dois temas em foco na Conferência serão: (a) a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza, e (b) o quadro institucional para o desenvolvimento sustentável.

Sem dúvida o grande desafio da humanidade para os próximos anos...


segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Ano de 2010 teve maior pico já registrado de emissões de gases estufa

O volume de gases de efeito estufa, que causam o aquecimento global, liberado na atmosfera deu um salto sem precedentes em 2010, segundo os últimos dados mundiais sobre emissões de dióxido de carbono, compilados pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos. "Isso é grande", afirmou à AFP Tom Boden, diretor da Divisão de Ciências Ambientais do Centro de Análise de Informação sobre o Dióxido de Carbono, do Laboratório Nacional de Oak Ridge, no Tennessee.
"Nossos dados remontam a 1751, mesmo antes da Revolução Industrial. Nunca antes nós vimos um aumento de 500 milhões de toneladas métricas de carbono em um único ano", disse. A elevação, medida de emissões de CO2 liberadas na atmosfera resultantes da queima de carvão e gás, alcançou cerca de 6% entre 2009 e 2010, subindo de 8,6 para 9,1 bilhões de toneladas métricas.
Grandes saltos foram registrados em Estados Unidos, China e Índia, os maiores poluidores do mundo. Picos significativos posteriores a 2009 também foram registrados na Arábia Saudita, Turquia, Rússia, Polônia e Cazaquistão. Alguns países, como Suíça, Azerbaijão, Eslováquia, Espanha, Nova Zelândia e Paquistão, tiveram reduções sutis entre 2009 e 2010, mas estes países foram exceções. Grande parte da Europa demonstrou uma elevação moderada.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

ONU conclui modelo de Fundo Climático


Um comitê da ONU concluiu o esboço de um fundo destinado a ajudar os países em desenvolvimento a enfrentarem a mudança climática, o que permitirá o seu lançamento em 2013, disse na sexta-feira (21) a principal dirigente da ONU para questões climáticas.
Países de todo o mundo decidiram no ano passado criar o Fundo do Clima Verde de modo a canalizar até 2020 em torno de US$ 100 bilhões (cerca de R$ 117 bilhões) por ano para ajudar os países em desenvolvimento a enfrentarem a mudança climática global.
Um comitê internacional encarregado de moldar o fundo se reuniu nesta semana na África do Sul, mas algumas organizações acusaram os Estados Unidos e a Arábia Saudita de atrapalharem o processo. 
RN. Qual a novidade em  um dos maiores emissores de G.E.E (sem muita intensão de mudar, diferente da China) em tentar dificultar o processo? Agora a novidade é a Arábia Saudita...
Negociadores de todo o mundo vão discutir e eventualmente aprovar o modelo em uma cúpula climática no mês que vem em Durban – na qual praticamente não há mais chance de que seja selado um novo tratado climático de cumprimento obrigatório, para vigorar a partir de 2013 no lugar do Protocolo de Kyoto.
RN. Ou seja, cada país está agindo como quer, neste caso parabéns ao nosso Brasil, que apesar de em suas atividades econômicas, o setor primário ser responsável por 27% do PIB e ter relação direta com o meio ambiente, está disposto a diminuir a emissão de G.E.E.
RN. Claro para o Brasil não é tão dificil e não resultará em tantas perdas econômicas, pois como a maior parte é do desmatamento da Amazônia, com atividades ilegais, alcançaremos com sucesso a redução dos gases de efeito estufa. Independente das perdas econômicas, que no mundo capitalista sempre está em primeiro na fila, toda a sociedade brasileira e, quiçá, mundial irá ganhar com a nossa postura no debate. Antes que digam, precisamos evoluir, mas é mais fácil evoluir do que nascer.

Diretrizes éticas para a pesquisa–CNPq

Ética e Integridade na Prática Científica

Instada a manifestar-se sobre denuncia de fraude em publicações científicas envolvendo pesquisadores apoiados pelo CNPq, e diante da inexistência de normas internas específicas e instrumentos estabelecidos para o tratamento adequado de ocorrências desta natureza, a Diretoria Executiva decidiu criar, através da portaria PO-085 de 5 de maio de 2011, uma Comissão Especial constituída por cientistas brasileiros de grande experiência e liderança, com a missão de propor recomendações e diretrizes sobre o tema da Ética e Integridade na Prática Científica.

É, portanto, com muita satisfação que a Diretoria Executiva recebeu recentemente o relatório final da Comissão Especial, o qual recomenda que o CNPq adote duas linhas de ação referentes ao tema: 1) ações preventivas e educativas e 2) ações de desestímulo a más condutas, inclusive de natureza punitiva. Destacam-se no documento as excelentes propostas de produção de publicações e materiais educativos em língua portuguesa, sobre os diferentes tipos de fraude ou má prática na pesquisa e em publicações científicas. A estes materiais deverá ser dada ampla divulgação entre cientistas, orientadores acadêmicos e estudantes, inclusive na forma de disciplinas sobre o tema oferecidas nos cursos de pós-graduação e graduação. Recomenda-se ainda que o CNPq constitua uma Comissão Permanente de Integridade Científica, constituída por membros de alta respeitabilidade e originados das diferentes áreas do conhecimento, à qual caberá: 1) coordenar as ações preventivas e educativas sobre o tema; e 2) examinar situações em que surjam dúvidas fundamentadas quanto à integridade da pesquisa realizada ou publicada por pesquisadores apoiados pelo CNPq, podendo requerer o apoio de especialistas da área nomeados ad hoc para caso específico. Caberá também a essa comissão propor à Diretoria Executiva do CNPq os desdobramentos adequados. O relatório estabelece também algumas Diretrizes de caráter geral sobre o tema, orientadoras aos pesquisadores e estudantes e que devem pautar a futura Comissão Permanente nas suas ações subseqüentes.

O Relatório Final da Comissão será agora analisado pelas instâncias competentes para seguimento às tratativas pertinentes, mas com o intuito de fomentar as discussões e acolher sugestões sobre o tema, a Diretoria Executiva decidiu dar divulgação ao documento com as recomendações.

A Diretoria Executiva manifesta seu especial agradecimento especial à Comissão pelo excelente trabalho realizado.

Glaucius Oliva

Presidente – CNPq


domingo, 16 de outubro de 2011

Vídeos didáticos de climatologia - online

Estou disponibilizando os vídeos que costumo utilizar em sala de aula através do canal Climatologia em meu Youtube – Clique aqui.
Exemplo de vídeo sobre a circulação geral da atmosfera, com destaque para a célula de Hadley

domingo, 25 de setembro de 2011

Lançamento de Livro sobre Mudancas Climáticas na Bienal Internacional do Livro em Recife

Nesta próxima quinta, 29 de setembro, será lançado no Centro de Convenções de Olinda, em Pernambuco, o livro Mudanças Climáticas e Recursos Hídricos: Aplicações no estado de Pernambuco.

O livro é organizado pelos autores Djane Fonseca (Profa. Pós-Dra UFC), Josicleda Galvíncio (Profa. Dra. UFPE) e Ranyére Nóbrega (Prof. Dr. UFPE).

Clique aqui e veja a apresentação do livro


sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Livro sobre Climatologia será lançado sábado na 8ª Bienal do Livro

Os professores Lucivânio Jatobá, Alexandre Medeiros e Rachel Caldas Lins lançam no próximo sábado (24) o livro O Sistema Climático, que traz uma coletânea de textos sobre aspectos da Climatologia. O evento acontece às 19h30, no estande da Editora Grafset, da Paraíba, na 8ª Bienal Internacional do Livro, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda.

No livro, os autores abordam temas como A meteorologia e a climatologia; A posição da climatologia no quadro das Ciências da Terra; As relações Terra-Sol e suas repercussões climáticas. Outros aspectos da Climatologia tratados são: a marcha aparente do Sol em torno da Terra; a camada geográfica da Terra; as relações entre elementos e fatores climáticos; as massas de ar do Brasil e do Nordeste e as interações entre o oceano e a atmosfera terrestre.


terça-feira, 20 de setembro de 2011

Divulgada a lista de artigos aceitos para IIIWMCRHPE

Foi divulgada a lista de Artigos aceitos no  III Workshop de Mudanças Climáticas e Recursos Hídricos.
O evento publica os artigos em Livro, Revista de Geografia, Revista de Geografia Física e Anais. Um grande diferencial deste evento que está cada vez mais consolidado.
Veja a lista completa aqui
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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Nobel de Física deixa grupo por desacordo sobre mudança climática

O físico e prêmio Nobel norueguês Ivar Giaever renunciou à Sociedade Americana de Física (na sigla em inglês, APS) por discordar de sua postura com relação às mudanças climáticas, disse uma porta-voz desta entidade à AFP.

“Posso confirmar que (Giaever) renunciou”, disse Tawanda Johnson, porta-voz desta respeitada sociedade americana de Física, destacando que Giaever, de 82 anos, enviou uma carta informando sua decisão à diretora-executiva da APS, Kate Kirby, esta terça-feira.

“A razão é que ele está em desacordo com a postura da APS sobre as mudanças climáticas”, explicou Johnson.

Com 48 mil membros, a APS adotou uma declaração de política nacional em 2007, na qual estabelece: “a evidência é incontestável: o aquecimento global está acontecendo”.

No ano passado, outro cético das mudanças climáticas, o professor Hal Lewis, da Universidade da Califórnia, também deixou o grupo, alegando que o aquecimento global é uma “fraude” e um “engano pseudo-científico”.

Em declaração emitida após a saída de Lewis, a sociedade anunciou que “no tema do aquecimento global, a APS destaca que praticamente todos os cientistas de renome estão de acordo (…) de que o dióxido de carbono está aumentando na atmosfera devido à atividade humana”.Aumenta sim, mas com pequeno incremento. O que ainda há dúvida é com relação aos impactos causados por este incremento. Não tenho dúvidas que causa impactos, é assim a legislação da natureza. Uma pequena perturbação tem suas implicações (sem quererm ser simplisista demais, mas sendo, veja os exemplos da fila formada por formigas…).

Giaever, que foi um dos ganhadores, em 1973, do Nobel de Física por suas “descobertas experimentais com relação aos fenômenos de túneis de semicondutores”, não respondeu a um e-mail da AFP solicitando comentários.


quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Mais uma campanha de Al Gore

Iniciou o evento 24 horas de Realidade, promovido por Al Gore. Este evento irá percorrer 24 países do gobo para chamar mais uma vez a atenção para os impactos das mudanças climáticas. Desta vez terá um foco sobre os impactos atuais.

No Brasil a pastra será apresentada no Rio de Janeiro, no dia 15, sendo a penúltima cidade do evento. Será transmitida ao vivo durante todo o evento, mas a palestra no Rio de Janeiro ocorrerá as 19hs do dia 15. O endereço para assistir é http://climaterealityproject.org/ e será em língua portuguesa.

A seca extrema, as tempestades e as grandes enchentes são apontadas pelo ex-vice-presidente dos EUA como uma das graves consequências do aquecimento global. "Hoje em dia a mudança climática não é mais uma previsão: é uma realidade. Mesmo assim, em todo o mundo ainda estamos sujeitos a informações enganosas e campanhas financiadas por poluidores projetadas para desviar a atenção das pessoas sobre os perigos que corremos com a crise climática que está se revelando”.

Vamos ver o que vem por ai. Podem falar mal, mas esse cara tem feito muito pelo Meio Ambiente, independente do modo e das intenções.


terça-feira, 13 de setembro de 2011

Degelo do Ártico registra recorde histórico em 2011

A área oceânica coberta com gelo flutuante é a menor já observada desde 1972 e o derretimento, que está acontecendo no ritmo mais rápido da história, só pode ser explicado como uma consequência da ação humana no clima.

Até não muito tempo atrás, a região do Ártico era uma fronteira sólida que constituía um obstáculo intransponível para o comércio de mercadorias. Porém, a cada ano que passa mais livre de gelo fica o Oceano, aumentando o interesse de diversos países em utilizar a área como uma rota comercial e quem sabe até explorar os recursos naturais do Polo Norte.

No mês passado, o cargueiro STI Heritage conseguiu atravessar a região em apenas oito dias. Partindo do Texas em direção à Tailândia, o navio fez um caminho milhares de quilômetros mais curto do que teria que cumprir caso seguisse pela rota tradicional pelo canal de Suez.

A corrida de países como Estados Unidos, Canadá, Noruega e Rússia pelo controle da região é apenas um dos aspectos mais recentes da geografia mundial diante do constante e acelerado degelo do Ártico.
Segundo cientistas da Universidade de Bremen, o nível do gelo flutuante do Ártico neste verão atingiu na semana passada seu ponto mais baixo desde que começou a ser medido, em 1972. O recorde anterior foi registrado em 2007, com 4,26 milhões de quilômetros quadrados de gelo, agora essa área está em 4,24 milhões. Os pesquisadores acreditam que seja o menor nível em mais de oito mil anos.


Planos de aula para discutir sustentabilidade

A Revista Nova Escola selecionou diversas matérias publicadas no site Planeta Sustentável como temas para aulas dinâmicas com o objetivo de discutir sustentabilidade.
Segue a lista abaixo
ensino fundamental II - Biomas Brasileiros VII
O uso sustentável dos biomas, o papel das políticas públicas e os desafios da conservação

ensino fundamental II - Biomas Brasileiros VI  - Como conter a devastação no Pantanal, nos Campos, na Mata de Araucárias e no litoral

ensino fundamental II - Biomas Brasileiros V - Saiba mais sobre a Caatinga, o 2º maior bioma do Brasil e um dos mais ameaçados

ensino fundamental II - Biomas Brasileiros IV - A relação entre a biodiversidade do Cerrado e a expansão das atividades humanas

ensino fundamental II - Bioma Brasileiro III - Conheça as práticas de conservação e uso sustentável da biodiversidade a Mata Atlântica

ensino fundamental II - Biomas Brasileiros II - Como usar, de forma sustentável, a biodiversidade da Amazônia

ensino fundamental II - Biomas brasileiros I - Descubra as principais características e a importância de preservá-los

ensino fundamental I - Energia eólica - Qual é o papel dessa fonte alternativa na matriz energética brasileira e mundial?

ensino fundamental II - Energia dos ventos - Conheça os diferentes países e regiões em que ela é melhor aproveitada

ensino fundamental I - Energia solar - Conheça suas formas de obtenção e descubra o que falta para sua consolidação

ensino fundamental II - Usando energia solar - Qual é o grau de aproveitamento desse tipo de energia no Brasil e no mundo?

ensino fundamental I - Etanol e biodiesel - Conheça os usos e finalidades, no Brasil e no mundo, dessas fontes de energias alternativas

ensino fundamental II - Energias alternativas - Qual o potencial que elas têm para substituir fontes poluentes e não-renováveis?

ensino fundamental I - Energia para o mundo - Descubra como se configura a matriz energética do Brasil e, também, do resto do mundo

ensino fundamental II- A questão da energia - A forma como a usamos provoca alterações na sua oferta e consumo no mundo

ensino fundamental I - Água e energia - Conheça os limites e possibilidades do uso do recurso na produção de energia elétrica

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

EUA pesquisam nova arma de guerra que controla força da natureza

No dia 11 de setembro de 2011 foi apresentado no Domingo espetacular uma reportagem sobre uma nova tecnologia que poderia ser capaz de controlar o clima e desenvolver destastres naturais.

Segue um trecho da reportagem, disponível no You Tube (contribuição de Gabriela Ayana)

Bom, existem outros absurdos,como o Bill Gates (aquele da Microsoft) que tem um pedido de patente para um sistema que diminuiria a velocidade dos furacões.

O que o ser humano precisa entender é que a natureza está sempre em busca do Equilíbrio, ou seja, um furacão, por exemplo, é uma pertubação em busca de um equilíbrio (balanço ciclostrófico. Se “frear” ,  estará provocando uma nova pertubação, que a natureza desconhece, e irá responder de alguma maneira.


sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Quantidade de lixo espacial na órbita da Terra chega ao limite

Cientistas americanos alertaram a Nasa de que a quantidade de lixo espacial orbitando a Terra está em seu limite máximo de segurança.

Um relatório feito pelo Conselho Nacional de Pesquisa afirma que o número de jatos propulsores, satélites antigos e nuvens de fragmentos minúsculos em volta do planeta pode causar vazamentos letais em espaçonaves ou destruir satélites valiosos.

O texto pede novas regulamentações internacionais para limitar o lixo espacial e mais pesquisas sobre o possível uso de grandes redes metálicas ou "guarda-chuvas" gigantes no espaço.

Alguns modelos, segundo um comunicado divulgado pela entidade, mostram que a quantidade de detritos em órbita são suficientes para "colidir continuamente e criar ainda mais detritos, aumentando o risco de falhas em espaçonaves".


quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Raios cósmicos induzem formação de nuvens e influenciam temperatura na Terra

Os raios cósmicos "semeiam" as nuvens de baixa altitude, que refletem uma parte da radiação solar de volta para o espaço. [Imagem: NASA]

Físicos da Dinamarca e do Reino Unido demonstraram que os raios cósmicos podem estimular a formação de gotas de água na atmosfera da Terra, conduzindo à formação de nuvens.

Segundo os pesquisadores, este é o mais forte indício experimental já obtido de que o Sol influencia o clima da Terra e como ele o faz - alterando o fluxo de raios cósmicos que atinge a superfície da Terra.

As implicações da descoberta são significativas e de grande alcance não apenas científico, mas também político.

Raios cósmicos semeiam nuvens

Ainda se sabe pouco sobre como exatamente o Sol influencia, e em que magnitude, o clima e a temperatura na Terra.

A hipótese de Henrik Svensmark, da Universidade Técnica da Dinamarca, em Copenhague, é a de que os raios cósmicos representam um papel importante nesse mecanismo.

Segundo Svensmark e seus colegas, os raios cósmicos "semeiam" as nuvens de baixa altitude, que refletem uma parte da radiação solar de volta para o espaço.

A quantidade de raios cósmicos que atingem a Terra, por sua vez, depende da intensidade do campo magnético solar. Quando esse campo magnético é mais forte - o que se evidencia pela presença de mais manchas solares -, mais raios são desviados, menos nuvens se formam e, assim, a Terra se aquece. Se o contrário acontecer no Sol, a temperatura na Terra cai.  Aqui lembra os estudos antigos que buscam a relação entre El Niño e Manchas Solares

O que os cientistas fizeram agora foi demonstrar experimentalmente que um fluxo de raios cósmicos atua positivamente na formação de nuvens.


Nuvens e raios cósmicos: a mudança climática que vem do céu

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O processo de formação de "sementes" para as nuvens pode ser acelerado em 10 vezes ou mais pelos raios cósmicos. [Imagem: CERN]

Modelos climáticos

Em Maio deste ano, um grupo de pesquisadores da Dinamarca e do Reino Unido demonstrou experimentalmente pela primeira vez que os raios cósmicos podem estimular a formação de gotas de água na atmosfera da Terra, conduzindo à formação de nuvens.

Esta foi uma das descobertas mais importantes nos anos recentes na área da climatologia, fornecendo um novo elemento de origem natural para os modelos climáticos de longo prazo, como os utilizados pelo IPCC para avaliar as mudanças climáticas.


domingo, 28 de agosto de 2011

Fenômeno El Niño duplica risco de guerra civil, diz estudo

O fenômeno climático El Niño, que espalha ar seco e quente pelo planeta a cada quatro anos, em média, duplica o risco de guerras civis em 90 países tropicais, disseram pesquisadores nesta quarta-feira (24).
Como os padrões do El Niño podem ser previstos com até dois anos de antecedência, os cientistas sugeriram que suas descobertas poderiam ser usadas para ajudar na preparação para alguns conflitos e crises humanitárias causados por essa alteração no clima.
Historiadores e especialistas no assunto observaram sinais de que mudanças no clima foram a causa de conflitos e do declínio de sociedades no passado, mas este é o primeiro estudo a quantificar a ligação entre o calor do El Niño, as secas que provoca e levantes em países mais afetados por ele.
Cientistas disseram à revista Nature que entre 1950 e 2004 um de cada cinco conflitos civis foram influenciados pelo El Niño.

sábado, 27 de agosto de 2011

Amazônia enfrentou em 2010 a maior seca da história

Pesquisadores conseguiram desvendar o fenômeno climático que desencadeou as secas de 2005 e 2010, na Amazônia. O resultado dos estudos foi publicado pelo cientista climático José Marengo, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), na revista americana Geophysical Research Letters. Seu artigo revela que a seca de 2010 foi a mais severa desde que as medições hidrológicas foram instaladas no Rio Negro, em 1903.

Os períodos de estiagens intensos são atribuídos à confluência de dois fenômenos climáticos de rara ocorrência continua. O primeiro foi um El Niño, que é o aquecimento das águas do oceano Pacífico Sul, o que intensifica as secas em várias regiões do Brasil. O fenômeno ocorreu entre dezembro e abril, justamente no período das chuvas na Amazônia, o que reduziu drasticamente o nível dos rios.

E depois, justamente durante a seca, houve um aquecimento das águas do Oceano Atlântico acima da linha do Equador – o que faz com que a umidade acumulada pela junção das correntes de ar que transitam pelo planeta permaneça no Hemisfério Norte, deixando a região da Amazônia muito mais seca. “Frente a duas ocorrências tão intensas houve uma drástica mudança no padrão das chuvas da região e tivemos as secas de 2005 e 2010”, explica o pesquisador José Marengo.


sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Novo rio subterrâneo na Amazônia pode ser o maior do mundo

Indícios da existência de um rio subterrâneo, com a mesma extensão do Rio Amazonas, que estaria a 4 mil metros abaixo da maior bacia hidrográfica do mundo, foram divulgados neste mês em um estudo realizado por pesquisadores da Coordenação de Geofísica do Observatório Nacional (ON), no Rio de Janeiro.

O Rio Hamza nasce no Peru, na Cordilheira dos Andes, mesma região que o Rio Amazonas. “Essa linha de água permanece subterrânea desde sua nascente, só que não tão distante da superfície. Tanto que temos relatos de povoados daquele país, instalados na região de Cuzco, que utilizam este rio para agricultura. Eles sabem desse fluxo debaixo de terrenos áridos e por isso fazem escavações para poços ou mesmo plantações”, afirmou o pesquisador do pesquisador indiano Valiya Hamza do Observatório Nacional.

O fluxo da água deste rio segue na vertical, sendo drenado da superfície até dois mil metros de profundidade. Depois, próximo à região do Acre, o curso fica na horizontal e segue o percurso do Rio Amazonas, no sentido oeste para o leste, passando pelas bacias de Solimões, Amazonas e Marajó, até adentrar no Oceano.


domingo, 21 de agosto de 2011

Brasil e EUA firmam acordo para sustentabilidade urbana

Os governos do Brasil e dos Estados Unidos se comprometeram nesta terça-feira (16) no Rio de Janeiro para desenvolver e impulsionar projetos de sustentabilidade urbana que possam ser adotados como modelo em qualquer cidade do mundo.
“Queremos desenvolver projetos para, por exemplo, melhorar a qualidade do ar e para que a reciclagem de resíduos possa ser adotada não só em cidades dos Estados Unidos e do Brasil, mas em qualquer outra do mundo”, declarou em entrevista coletiva a secretária do Meio Ambiente americana, Lisa Jackson.
Lisa participou nesta terça-feira no Rio de Janeiro, junto à ministra do Meio Ambiente brasileira, Izabella Teixeira, no ato do lançamento da Iniciativa Conjunta Brasil-Estados Unidos para a Sustentabilidade Urbana (JIUS, sua sigla em inglês).

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Oportunidade de emprego–Mudanças Climáticas WWF

 

1) Especialista em Mudanças Climáticas
Irá atuar no desenvolvimento e implementação de propostas para o enfrentamento das mudanças climáticas através de soluções relativas à mitigação e adaptação. Sua atuação dar-se-á através da identificação de riscos e oportunidades, desenvolvimento ou contratação de estudos e análises, articulação e engajamento junto a atores e redes da sociedade civil, setor privado, formuladores de políticas públicas e outros tomadores de decisão em diálogos de alto nível estratégico. Seu trabalho terá enfoque principal nacional. Haverá, também, necessidade de atuação junto à rede WWF em processos internacionais de alto nível relacionados a mudanças climáticas, e no diálogo com outras instituições da rede WWF para a colaboração na busca de caminhos para o desenvolvimento sustentável, baseado em baixas emissões de gases de efeito estufa.

2) Analista em Mudanças Climáticas e Energia
Irá atuar no suporte à gestão, no desenvolvimento e implementação de projetos desenvolvidos pela equipe do Programa de Mudanças Climáticas e Energia para o enfrentamento das mudanças


terça-feira, 2 de agosto de 2011

Livro – Mudanças climáticas e Aq. Global na visão dos povos Indígenas

Download do Livro em PDF

Este trabalho deve ser compreendido no âmbito do contexto mais amplo e também complexo da questão Ambiental, no mundo e principalmente dentro da realidade socioambiental dos Estados que estão representados pelos alunos do CAFI nos Cursos de Gestão de Projetos e Gestão Etnoambiental, e que fizeram parte na construção desta cartilha.
Pensar no modelo de formação que o CAFI oferece, é pensar a proposta filosófica da COIAB e de sua bandeira de luta, é pensar em promover os direitos e expandir as vozes indígenas que foram por muito tempo silenciadas, caladas por preconceitos, descaso e muitas das vezes pela completa falta de informação. Uma das principais bases do nosso trabalho é proporcionar aos alunos, mecanismos de formação técnica e política contextualizada e atual sobre os movimentos e as tendênciassociais em seus mais amplos aspectos, nossas ações são, portanto, entendidas
como ferramentas estratégicas, e como tal devem orientar-se por valores culturais, éticos e políticos.
A disciplina Mudanças Climáticas e REDD, que conta com a parceria entre a COIAB e IPAM, possibilita uma ocasião única na formação de jovens lideranças indígenas na troca de conhecimentos e valores culturais, em uma ótica reflexiva sobre a importância da conservação das florestas e diminuição dos impactos causados pela exploração indiscriminada de seus recursos e suas conseqüências ao ecossistema.
A cartilha é um dos produtos da finalização desta disciplina, que contou com a formação teórica e prática, obtendo os benefícios sobre a tônica do meio ambiente, garantindo uma fonte de trabalho de qualidade, que pode ser compartilhada com outros grupos, apontando para mudanças no modo  de pensar o meio ambiente dentro de uma consciência ambientalista e necessária para a sobrevivência cultural e física dos povos indígenas.

Francileudo Gabriel da Costa
Diretor / CAFI

Como se pode reduzir o desmatamento e qual a importância?
Podemos reduzir o desmatamento através da valorização dos recursos florestais, fiscalização e monitoramento das florestas, ou seja, vigilando a floresta amazônica. Isso é importante porque, atualmente, no mundo em que vivemos manter a floresta em pé é ter uma vida saudável. Além disso, na floresta existe uma rariedade de plantas medicinais que podem desenvolver curas. ( Íhv Kúhj Gavião)

Disponível no site

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terça-feira, 26 de julho de 2011

Onda de calor no hemisfério Norte acelera degelo no Ártico

A onda de calor que atingiu o hemisfério Norte neste mês acelerou o degelo sazonal do Ártico. Cientistas americanos alertam que a região pode ter em 2011 a menor extensão de gelo marinho já registrada.
Segundo o NSIDC (Centro Nacional de Dados de Gelo e Neve dos EUA), o gelo marinho no oceano Ártico está “a caminho de ficar abaixo do nível de 2007″, quando bateu seu recorde.
Naquele ano, a Passagem Noroeste, que liga o Atlântico ao Pacífico pelo norte do Canadá, foi aberta pelo degelo pela primeira vez em séculos.
A passagem ainda não se abriu neste ano. Mas no último domingo a área coberta pelo gelo marinho era de 7,56 milhões de quilômetros quadrados, quase 3 milhões de quilômetros quadrados inferior à média 1979-2000.
“A extensão está menor nesta época do ano em 2011 do que em 2007″, disse à Folha Josefino Comiso, da Nasa.
Segundo ele, um sinal positivo é que há mais gelo marinho espesso (menos propenso a derreter) neste ano. “No entanto, relata-se que as temperaturas no Ártico estão relativamente altas, e de fato poderemos ter um novo recorde de redução do gelo permanente neste ano.”
Em julho, o Ártico tem perdido a cada dia uma área maior que a do Estado de Pernambuco em sua cobertura de mar congelado.
Isso se deve às temperaturas anormais: o polo Norte está de 6ºC a 8ºC mais quente que o normal neste mês. No litoral da Sibéria, elas estão de 3ºC a 5ºC maiores que o normal.
Pulso – O gelo marinho no Ártico tem um “pulso anual”: ele atinge sua extensão máxima na primavera, em abril, e sua mínima em setembro, no outono. O aquecimento do planeta tem causado mais degelo no verão e menos recongelamento no inverno.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Entrevista com o Chefe do INMET sobre desastres naturais

‘Sem políticas públicas, contaremos mais mortos’, diz chefe do Inmet

O chefe do Centro de Análise e Previsão do Tempo do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Luiz Cavalcanti, falou nesta quarta-feira (13), na 63ª reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Goiânia, sobre a necessidade de o país implantar políticas públicas para monitorar e prevenir catástrofes naturais, como a que atingiu a região serrana do Rio de Janeiro no início do ano.
“Se não adotarmos políticas públicas, vamos continuar contando os mortos, porque novos eventos vão acontecer”, disse o meteorologista. Segundo ele, o país precisa se prover de mais informações sobre previsão do tempo, para que a população possa tomar decisões.
“Temos recursos, mas as tragédias continuam. É importante haver cooperação entre as instituições. Para contratar mais meteorologistas, por exemplo, tem que abrir vaga em concurso público. Aí, em 30 anos, isso acontece”, afirmou.
De acordo com o chefe do Inmet, órgão subordinado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a grande maioria dos avisos de eventos graves se confirma. “Previmos mais de 320 acidentes severos no ano passado, e pelo menos 300 se concretizaram”, apontou.
Já fenômenos como tornados não estão aumentando no Brasil, mas a capacidade de observação. Para ajudar na vigilância e antecipação de incidentes meteorológicos, desde o fim de 2008 opera uma rede de centros virtuais espalhada por São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Belém, Recife e Porto Alegre.

Estudo amplia papel das florestas no combate ao aquecimento

As florestas mundiais têm um papel maior do que se imaginava no combate à mudança climática, disseram cientistas no mais abrangente estudo já realizado a respeito da capacidade de absorção florestal do dióxido de carbono atmosférico.
O estudo deve contribuir para a implementação do mecanismo Redd (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação), um programa da Organização das Nações Unidas (ONU) para a criação de um mercado global de créditos de carbono, recompensando projetos que protejam as florestas tropicais. Se essas florestas armazenam mais carbono do que se imaginava, os projetos se tornam mais valiosos.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Um raio cai no mesmo lugar mais de uma vez?

Sim, é possível, e neste caso abaixo, podemos ironizar dizendo que é um “sortudo” ?!?!?

Americano é atingido por raio pela sexta vez

Um norte-americano foi hospitalizado após ter sido atingido por um raio pela sexta vez.
Melvin Roberts, de 58 anos, estava do lado de fora de sua casa, em Seneca, na Carolina do Sul, guardando sua máquina de cortar grama durante uma tempestade quando um raio o atingiu, no mês passado, segundo o canal de TV local WYFF.
Os vizinhos encontraram Roberts desmaiado no jardim e chamaram uma ambulância. O americano sofreu queimaduras em suas pernas e pés.

A parte boa das mudanças climáticas???? Boa para alguns…

Meus alunos sabem que discutimos isto em sala, pois bem, a briga pelas regiões em derretimento e as novas fronteiras aproveitáveis para economia estão surgindo…

Rússia diz que enviará tropas à disputada região do Ártico

CLIPPING
O Ministério da Defesa da Rússia afirmou nesta sexta-feira (1º) que o país planeja criar duas brigadas militares especializadas para a região do Ártico, local que tende a se tornar um polo de disputa regional.
O anúncio ocorre um dia depois de o premiê russo, Vladimir Putin, ter dito que a Rússia pretende “expandir sua presença no Ártico” e defender “forte e persistentemente” seus interesses na região.
Com o derretimento de geleiras no Polo Norte, diversos países – como Estados Unidos, Dinamarca, Canadá e Noruega – têm reclamado soberania sobre partes do Ártico, onde acredita-se que haja significativas reservas inexploradas de petróleo e gás.

sábado, 2 de julho de 2011

O prêmio a uma heroína do Nordeste, Tânia Bacelar

Do Blog Conversa Afiada de Paulo Henrique Amorim


Tânia entre Francisco Bezerra, da Nordeste21, e o Ministro Fernando Bezerra
A economista pernambucana Tânia Bacelar, e professora do Departamento de Ciências Geográficas da UFPE), recebeu a segunda edição do Prêmio Tejucupapo, uma comenda do Instituto Nordeste XXI, instituído pela revista Nordeste VinteUm, que lhe foi entregue esta semana na Fundação Joaquim Nabuco, em Recife.
O troféu, segundo o diretor-presidente da revista Francisco Bezerra, é um reconhecimento em vida às histórias e conquistas das guerreiras nordestinas. “Consideramos sua dedicação ao Nordeste estudando planejamentos estratégicos para o desenvolvimento dessa região. Além disso, a história das Heroínas de Tejucupapo se  confunde com a história de Tânia”, enfatizou.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

H2O – O principal gás de efeito estufa

PRINCIPAIS GASES-ESTUFA DA ATMOSFERA

1 Vapor d’água

Segundo TUBELIS & NASCIMENTO (1986), as fontes naturais do vapor d’água são as superfícies de água, gelo e neve, a superfície do solo, as superfícies vegetais e animais. A passagem para a fase de vapor é realizada pelos processos físicos de evaporação e sublimação, e pela transpiração.
Segundo OMETTO (1981), o vapor d’água é um dos dos constituintes variáveis do ar atmosférico, chegando a ter até 4% em volume. TUBELIS & NASCIMENTO (1986), citam que este volume e extremamente variável e que esta variabilidade provém da extrema facilidade com que consegue mudar de fase, nas condições atmosféricas reinantes. Essas mudanças de fase são acompanhadas por liberação ou absorção de calor latente, que associadas com o transporte de vapor d’água pela circulação atmosférica, atuam na distribuição do calor sobre o globo terrestre.
Por apresentar estas características o vapor d’água é considerado o mais importante gás-estufa, além disso, com a ação do efeito estufa a atmosfera se tornará mais quente contendo uma quantidade maior de vapor d’água em decorrência de índices mais altos de evaporação.

2 Dióxido de Carbono (CO2 )

As principais reservas de carbono da natureza são a biota, o solo e os oceanos. A biota que consiste em toda vida sobre a superfície da Terra, dominada em termos de volume, pela vida vegetal, absorve cerca de 102 Gt (Gigatonelada = 1 bilhão de toneladas), de carbono por ano do CO2 liberado durante a fotossíntese, isto representa cerca de 14% do teor total de CO2 da atmosfera. Em contrapartida a biota devolve anualmente cerca de 30 Gt de carbono à atmosfera. A decomposição bacteriana de matéria vegetal morta, acrescenta mais 50 Gt de carbono ao CO2 devolvido à atmosfera. Há portanto certo equilíbrio no carbono trocado entre a biota terrrestre e a atmosfera, sendo retidas por ano talvez 2 Gt de carbono na biota terrestre.
Nos oceanos o CO2, também é absorvido da atmosfera, em decorrência de processos tanto químicos como biológicos. O dióxido de carbono é recebido em solução sob a forma de íons de bicarbonato de, enquanto os fitoplânctons são sorvedores de dióxido de carbono em decorrência da fotossíntese. Um total de 92 Gt de carbono por ano é absorvido da atmosfera desta maneira. Das águas superficiais, perto de 90 Gt de carbono são devolvidas à atmosfera a cada ano. Por processos físicos e biológicos: liberação de dióxido de carbono diretamente das águas marinhas por difusão em decorrência da respiração dos fitoplânctons, ficando cerca de 2 Gt retidas anualmente nos oceanos.
Sendo assim, sem interferência humana, o carbono na natureza estaria em equilíbrio, sendo que o excedente de carbono que fica armazenado voltaria a natureza pela ação dos vulcões. Entretanto a ação do homem, desequilibra este ciclo, desde a revolução industrial.
A queima de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás), gera anualmente mais de 5,7 Gt de carbono na atmosfera, a estas devem ser acrescidas mais 2 Gt, provenientes da queima e derrubada de florestas. Este carbono mais o captado pelos oceanos e pela biota, resultam em um aumento líquido de 3 Gt de carbono por ano na atmosfera. Em outras palavras, desde 1860 os seres humanos lançaram cerca de 175 Gt de carbono na atmosfera.
Extrapolando estes números para 200 anos, a contar do início da era industrial, o homem poderá lançar mais carbono na atmosfera do que já existe atualmente na massa total de seres vivos do planeta. Além disso, devem ser consideradas as reservas de petróleo e carvão que se foram totalmente exploradas pelo homem aumentaram em 2.000 Gt o carbono da atmosfera, mais do triplo do que existe atualmente na atmosfera.
Quanto aos efeitos disto sobre a temperatura da Terra é impossível precisar o que acontecerá, pois deve ser considerado que além dos combustíveis fósseis existem as retroalimetanções para o sistema climático.

3 Metano (CH4)
O metano é o segundo gás-estufa em importância, produzido durante a decomposição anaeróbica. As principais fontes de metano são arrozais, pântanos, animais domésticos ou não, cupins, gás natural e outros meios anaeróbicos. A taxa de metano na atmosfera aumenta 1% ao não, sendo pouco conhecidas as causas deste aumento. Algumas delas podem ser o aumento dos rebanhos domésticos, a expansão de cultura de arroz e principalmente os vazamentos de gás natural ou aterros. A permanência do metano na atmosfera e pequena (menos de 10 anos), sendo consumido na atmosfera e em menor escala no solo. O metano tem um potencial de aquecimento global de 63 num período de 20 anos, ou seja, 1 Kg de metano nesse período produzirá 63 vezes o aquecimento global de 1 Kg de dióxido de carbono, portanto o metano e 20 vezes mais potente que o dióxido de carbono.

4 Óxido Nitroso

Como gás-estufa o óxido nitroso é ainda mais potente que o metano, e sua eficácia é cerca de 230 vezes superior à do CO2. O óxido nitroso é produzido nos solos, acredita-se virem dos solos 90% das emissões de N2O. É grande a possibilidade de o N2O concorrer para o aquecimento global, por ser um absorvente eficaz de radiação infravermelha e permanecer muito tempo na atmosfera. O principal meio de dissipação deste óxido é a luz ultra violeta estratosférica, que o destroi, porém essa dissipação e bastante lenta podendo demorar até 150 anos. De maneira geral pouco se sabe sobre a quantidade real de N2O que existe e quais seriam seus efeitos sobre o aquecimento do planeta.


segunda-feira, 30 de maio de 2011

Emissão de gases do efeito estufa bate recorde em 2010, afirma relatório da AIE

A emissão de gases do efeito estufa bateu recorde no último ano, no que foi a maior liberação de carbono na atmosfera já registrada, diminuindo as esperanças de manter o aquecimento global em níveis seguros difíceis, de acordo com um relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), ao qual o "Guardian" teve acesso.
Essas informações significam que o objetivo de prevenir um aumento de temperatura de mais de dois graus Celsius - que cientistas dizem ser o limite para mudanças climáticas potencialmente perigosas - deve se tornar apenas uma "bela utopia", de acordo com Fatih Birol, economista chefe da AIE. Também mostram que a maior recessão global nos últimos 80 anos, a crise de 2008, teve apenas ume efeito mínimo nas emissões, contrariando algumas previsões.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Número de desastres climáticos triplicou desde 1980, diz ONG britânica

O número de desastres naturais registrados por ano nos países mais pobres do mundo mais que triplicou desde 1980, de acordo com um estudo da organização humanitária britânica Oxfam.
Segundo a organização, a média de desastres anuais passou de 133 há três décadas para 350 nos últimos anos, tendo em vista dados coletados em 140 países.
A análise concluiu que enquanto a ocorrência de desastres relacionados a eventos geofísicos - como terremotos, furacões e erupções vulcânicas - permaneceu praticamente constante, as catástrofes provocadas por enchentes e tempestades cresceram significativamente.
O resultado se deve principalmente ao aumento dramático do número de enchentes em todas as regiões do planeta e, em menor grau, à ocorrência de mais tempestades na África e nas Américas do Sul e Central.
Steve Jennings, autor do estudo, acredita que uma das razões desse crescimento seja o impacto das mudanças climáticas.
"Desastres ligados ao clima estão se tornando cada vez mais comuns e a situação deve se agravar no futuro, à medida que as mudanças climáticas intensificam ainda mais as catástrofes naturais", afirmou.
"Mas é preciso deixar claro que não há nada de natural no fato de as pessoas pobres estarem na linha de frente das mudanças climáticas. Pobreza, má administração, investimentos precários em prevenção de desastres - tudo isso as deixa mais vulneráveis."

Ajuda humanitária

Para realizar a análise, a Oxfam considerou a definição de desastre como um evento em que 10 pessoas são mortas e 100 são afetadas ou ainda um evento que faz com que um governo declare estado de emergência ou solicite ajuda humanitária emergencial.
Segundo o estudo, nos últimos 30 anos, a população de países propensos a sofrerem desastres cresceu, o que significa que mais pessoas estão vulneráveis estes acontecimentos.
No entanto, a organização deixa claro que o aumento populacional interfere na tendência de crescimento dos desastres, mas não o explica completamente.
Da mesma maneira, o estudo leva em conta que a melhoria dos métodos de registro destas catástrofes climáticas também influenciam os resultados.
Um estudo da Oxfam feito em 2009 concluiu que em um ano típico, 250 milhões de pessoas eram afetadas por desastres naturais. A ONG estima que esse número deve subir para 375 milhões em 2015.
"O futuro será trágico para milhões de pessoas em países pobres, se não houver uma mudança drástica na maneira de se responder a esses desastres e se não houver progresso na redução da pobreza e na maneira de se lidar com as mudanças climáticas", diz Jennings.

Fonte:http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/05/numero-de-desastres-climaticos-triplicou-desde-1980-diz-ong-britanica.html

Postado por Álisson Calixto