sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Global Temperature News


domingo, 18 de dezembro de 2011

Grande fonte de metano está perto de erupção no Ártico

Uma área que abrange mais de dois milhões de quilômetros quadrados do fundo do mar no Oceano Ártico, possui fontes gigantes de metano e estão em erupção. O derretimento da camada de gelo no fundo do mar está liberando grandes quantidades desse gás prejudicial, contribuindo para o aquecimento global. Lavrentiev, um navio russo de investigação, realizou um levantamento em 10 mil quilômetros quadrados na costa leste do

mar da Sibéria. E fez uma descoberta terrível – bolhas enormes de gás metano sobem à superfície do fundo do mar. "Encontramos mais de cem fontes, algumas mais do que um quilômetro de diâmetro," afirma o Dr. Igor Semiletov, “Estes são campos de metano a uma escala nunca antes vista. As emissões foram diretamente para a atmosfera”.

A Sibéria Oriental é uma área rica em metano, que abrange mais de dois milhões de quilômetros quadrados no Oceano Ártico. Normalmente, as bolhas do fundo do mar se transformam em dióxido de carbono antes de chegar à superfície, mas na Sibéria Oriental, por ser raso, o metano viaja diretamente para a atmosfera

Semiletov afirma ao Independent. “Esta é a primeira vez que encontramos contínuas, poderosas e imponentes estruturas de erupção, mais de mil metros de diâmetro. É incrível. Tudo isso em uma área relativamente pequena. Encontramos mais de cem, mas sobre uma área mais ampla, deve haver milhares delas”.

Os cientistas estimam que o metano preso sob a plataforma de gelo pode causar mudanças climáticas mais rápidas do que pensamos. As concentrações de metano no Ártico chegam a 1,85 partes por milhão, a maior em 400 mil anos. Concentrações acima da plataforma da Sibéria Oriental são ainda maiores. A equipe usou monitores sísmicos e acústicos para detectar bolhas de metano subindo à superfície.

A plataforma no fundo do mar é rasa, com 50 metros ou menos em profundidade, o que significa que tem sido alternadamente submersa e acima da água, o que depende do nível do mar ao longo da história da Terra. Durante os períodos mais frios, a camada aumenta e não libera metano. À medida que o planeta se aquece e ocorre ascensão do nível do mar, ocorre o derretimento devido às temperaturas que variam entre 12 e 15 graus mais quentes que a temperatura média do ar.

O gás metano oxida em dióxido de carbono antes que ele atinja a superfície, em águas profundas. No caso, como na plataforma leste da Sibéria ártica, o metano não tem tempo suficiente para oxidar, o que significa que ele escapa para a atmosfera. Isso, combinado com a enorme quantidade de metano na região, poderia acrescentar uma variável, não calculada anteriormente, aos modelos climáticos.


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Saiba como resfriar o planeta !!!

Cientistas dedicados a inventar métodos para interferir nas mudanças climáticas do mundo, buscam soluções para evitar o aquecimento global sem depender de que indústrias reduzam seu impacto no meio ambiente. Enquanto uns consideram pintar ruas e telhados de branco, outros querem criar nuvens artificiais ou "melhorar" plantas e árvores tornando-as capazes de basorver mais gás carbônico.

Confira alguns projetos que estão em estágio avançado e quais os prós e contras de cada um:
Como cientistas esperam resfriar o planeta antes que seja tarde demais


Frustração em Durban à medida que o tempo se esgota

Depois de 12 dias de discussões, as negociações climáticas das Nações Unidas entraram na "prorrogação" nesta sexta-feira com China, Estados Unidos e Índia pressionados a apoiar o projeto europeu de um novo pacto global para conter as emissões de gases causadores do efeito estufa.

Quais são os países que mais poluem
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Veja as transformações causadas pelo aquecimento global

A África do Sul, que preside a conferência, adota uma abordagem cautelosa, de construção de consenso, e o resultado das conversações é extremamente imprevisível. Espera-se que um grupo central de ministros de duas dúzias de países, representantes de países ricos e pobres, entre na disputa noite adentro.

Presumindo que cheguem a um acordo comum, seu compromisso será submetido a um plenário, no sábado, dos 194 países-membros da Convenção-quadro sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, na sigla em inglês). Sobre a mesa está um plano europeu que teria o apoio de quase dois terços dos países do mundo.

Trata-se de um "mapa do caminho" que levará a um acordo a ser negociado em 2015 e que pela primeira vez vinculará todos os países a compromissos legais para enfrentar as emissões de gases estufa. Colaborando com a proposta europeia estão os países menos desenvolvidos, o bloco africano, pequenos Estados insulares, Brasil e África do Sul, disse a comissária do clima europeia, Connie Hedegaard.

Sem citar nomes, Hedegaard disse que isto deixa Estados Unidos, Índia e China no papel de se posicionar. Os Estados Unidos e a China são os dois principais emissores de carbono do mundo. Pequim diz não ser contrária a assumir compromissos legais após 2020, mas vinculou esta proposta a uma longa lista de condições.

Admitindo um contexto político doméstico difícil, os negociadores de Washington evitam assinar qualquer documento com compromissos "legalmente vinculantes". "O sucesso ou o fracasso de Durban depende do pequeno número de países que ainda não se comprometeram com o "mapa do caminho" e do conteúdo significativo que certamente deve ter", disse Hedegaard.

Após atrasos que causaram frustrações perturbadoras, a África do Sul produziu um esboço de texto e convocou o grupo para uma "indaba" (palavra local para fórum tradicional) para discuti-lo. Mas o documento foi atacado por simpatizantes da proposta do "mapa do caminho" porque não contém o termo "legalmente vinculante" e porque o pacto - descrito como um "marco" - só deverá entrar em vigor após 2020.

"Colocamos o mundo em um processo de cozimento", disse à imprensa o chefe da delegação boliviana, Rene Orellana, diretor do grupo esquerdista latino-americano Alba (Alternativa Bolivariana das Américas.

"Esta é a morte do clima", disse Orellana, em inglês. "Não é um bom começo", afirmou Jennifer Morgan, diretora do Programa de Clima e Energia do World Resources Institute (WRI), um "think tank" americano.

Karl Hood, ministro do Meio Ambiente de Granada e que preside atualmente um bloco de pequenos países insulares, foi perguntado se via "um final feliz" em Durban. "Não", disse, em declaração à AFP. "Para mim é terrível. Não gostei nem um pouco do texto que nos deram", acrescentou. "É difícil para nós aceitar que se inicia um novo processo no fim deste que se encerrará em 2015 e que só estará operacional depois de 2020. E estamos falando de Deus sabe quando", afirmou.

O plano do "mapa do caminho" visa a preencher um vácuo em um momento em que os cientistas pedem ações mais duras para conter as emissões de carbono que levam o planeta a piores secas, inundações e tempestades. A meta é construir uma ponte entre o final de 2012 - quando o primeiro período de compromissos do Protocolo de Kioto expira - e 2020, ano para o qual os países fizeram promessas voluntárias de redução de carbono.

Essas promessas, segundo os cientistas, estão aquém do que se precisa para evitar que a temperatura do planeta aumente mais de 2ºC com base em níveis pré-industriais. Pela proposta da UE, o bloco europeu assinaria uma segunda rodada de compromissos de Kioto, satisfazendo desta forma os países em desenvolvimento, como o Brasil, que reinvidicam a preservação do tratado.

Enquanto as negociações avançavam no tempo extra, o ministro do Meio Ambiente das Maldivas, Mohamed Aslam, reuniu algumas centenas de ambientalistas em uma marcha de protesto que bloqueou o acesso principal ao plenário. "Esta é uma emergência planetária. O mundo precisa agir agora. Poder do povo, não das corporações", foram algumas palavras de ordem usadas. Seguranças das Nações Unidas dispersaram pacificamente a manifestação, expulsando algumas dezenas de pessoas, inclusive o diretor do Greenpeace International, Kumi Naidoo.

 

Fonte: Terra


quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Brasil aceita acordo pós-2o2o – COP caminha para acordo

A ministra do meio ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, declarou nesta quinta-feira (8), na Conferência do Clima (COP-17), que o Brasil deseja negociar o mais cedo possível um tratado legal e obrigatório de redução nas emissões de gases do efeito estufa para todos os países, além da prorrogação do Protocolo de Kyoto. A exigência de um acordo global é uma das condições de países desenvolvidos para assinar o segundo período de comprometimento.

"O Brasil trabalha com afinco para a adoção de um segundo período de compromisso para o Protocolo de Kyoto e o fortalecimento da implementação da convenção em curto, médio e longo prazo. Se todos trabalharmos juntos, poderemos negociar o mais cedo possível um novo instrumento legalmente vinculante, baseado nas recomendações da ciência que inclua todos os países para o período imediatamente pós 2020", afirmou.

Mais cedo, o negociador dos EUA, Todd Stern, disse que o país aceita um acordo legal pós 2020. O maior problema é ele ser vinculante, ou seja obrigatório, e ter de passar pelo legislativo do país. A China também já sinalizou que aceita negociar metas para este período. Com isso, as negociações caminham para um acordo. O grande entrave agora é a Índia, que ainda diz não ter condições de assumir obrigações.

Os acenos indicam que os países estão dispostos a negociar, mas ainda é preciso definir quais serão as metas e como elas serão estabelecidas - e aí moram grandes divergências. Em um texto com proposta para o acordo de longo prazo, os países desenvolvidos deveriam assumir o corte de 25% a 40% na COP-18.

O que deve ser acordado

“Em Cancún, as partes acordaram definir compromissos adicionais para o anexo I para o período após 2012, tempo de assegurar que não haja lacuna entre o primeiro e o segundo períodos de cumprimento do Protocolo. Durban é nossa última oportunidade de evitar essa lacuna", lembrou Teixeira.

A ministra ainda pontuou outros aspectos essenciais que devem ser definidos até amanhã. "Um resultado ambicioso em Durban deve necessariamente avançar todos os aspectos da negociação. Além de Kyoto, devemos também operacionalizar as instituições acordadas em Cancun, incluindo o comitê de adaptação, o centro e rede de tecnologia para o clima, o registro de ações de mitigação nacionalmente adequadas, acompanhadas de apoio internacional, o programa de trabalho sobre medidas de resposta e o Fundo Verde para o Clima".

A ministra voltou a destacar o trabalho feito por países emergentes, como Brasil, Índia e China. “Países em desenvolvimento já estão contribuindo significativamente para o esforço global contra a mudança climática, por meio de ações ambiciosas de mitigação", disse.

A proposta brasileira é de reduzir em pelo menos 36,1% suas emissões em relação às emissões projetadas até 2020. “Isso significa reduzir em até 1,2 bilhão de toneladas de  CO2 equivalente no ano de 2020”. O que inclui reduzir o desmatamento na Amazônia, Cerrado e demais biomas, planos para agricultiura de baixo carbono, pesca e aquicultura, energia, transporte e indústria.

Posições quanto a um pacto global de corte de gases estufa

A China tem se mostrado propensa a aceitar um acordo que vise um compromisso de metas obrigatórias a partir de 2020, com regras a serem definidas no futuro e se uma série de cinco condições forem atendidas.

Entre as demandas está o acordo de uma segunda fase de Kyoto, a criação do Fundo Verde para o Clima e o princípio de responsabilidade comum, mas com exigências diferenciadas, dependendo da capacidade de cada país, ou seja, quem está em desenvolvimento não teria as mesmas metas de desenvolvidos. Este é o principal ponto de desacordo com os EUA, que querem metas 'iguais' para todos.

Até 2020 valeriam as ações voluntárias dos países em desenvolvimento recolhidas no protocolo. A China tem um autoimposto desde 2009, que tem por objetivo melhorar entre 40% e 45% suas emissões de dióxido de carbono por unidade do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 na comparação dos números de 2005. Isto poderia não significar uma redução das emissões em termos absolutos, apenas relativos.

Um dos entraves para o país é que um acordo legal internacional exige monitoramento global das emissões (para checar se o acordo está sendo cumprido). Mas a China é contra qualquer controle externo.

Fonte: Uol Noticias


domingo, 4 de dezembro de 2011

2011 entre os 10 anos mais quentes desde que há registos

A temperatura global em 2011 está entre as dez mais elevadas desde que há registos (1850) e dos anos em que ocorreu um evento La Niña, normalmente mais frios. Organização Meteorológica Mundial assegura que o mundo está a aquecer. De acordo com esta Declaração da OMM, a temperatura global do ar está 0,41ºC acima da média de 1961-1990 que é de 14,00ºC.

“A nossa ciência é sólida e prova inequivocamente que o mundo está a aquecer e que este aquecimento deve-se às actividades humanas”, disse o vice-secretário-geral da Organização Meteorológica Mundil, Jerry Lengoasa, em Durban, onde decorre a 17ª conferência da ONU para as alterações climáticas. RN.: Gostaria de saber qual o tamanho da parcela das atividades humanas e naturais .....
 
Em 2011 O clima na Terra esteve sob a influência do fenómeno La Niña, particularmente intenso e que corresponde ao arrefecimento anómalo das águas superficiais do Oceano Pacífico (Equatorial Central e Oriental) formando uma “piscina de águas frias” nesse oceano, um fenómeno natural que produz fortes mudanças na dinâmica geral da atmosfera, alterando o comportamento climático do planeta. RN.: Destaco aqui que tivemos um La Nina2010/2011 e agora no , no final de 2011, estamos novamente sobre um La Nina, isto indica que os pólos e sub-trópicos estiveram com temperaturas consideráveis acima da média;.

Em oposição ao El Niño, os anos em que se verifica o fenómeno La Niña são normalmente mais frios do que o anterior e o subsequente.
“As temperaturas globais de 2011 seguiram este padrão, ficando abaixo das de 2010, mas ainda assim mais quentes do que os mais recentes anos de La Niña moderada ou forte: 2008 (+0,36ºC), 2000 (+0,27ºC) e 1989 (+0,12ºC)”, diz a Organização Meteorológica Mundial, num comunicado.
Entretanto, os 13 anos mais quentes a nível global ocorreram desde 1997 e, por sua vez, a extensão e o volume do gelo do Ártico em 2011 foram respetivamente o segundo e o menor valor já registrados, de acordo com a mesma fonte.
A Declaração Anual da Organização Meteorológica Mundial (OMM) sobre o Estado do Clima Global, faz uma avaliação da temperatura e um resumo do tempo e dos eventos climáticos mais marcantes em 2011.
Apesar da média global mais elevada, este ano as temperaturas variaram entre extremos opostos em diferentes regiões do Globo, com os termómetros significativamente acima da média na Rússia e em parte da Europa, no centro e norte de África no sul dos Estados Unidos e norte do México, no Canadá e na Gronelândia.